12/03/2003 - 7:00
A principal celebridade da tevê americana, Oprah Winfrey, acaba de juntar seu primeiro bilhão de dólares. Não, a fortuna não veio toda de seu salário. Veio sim do império de comunicação montado por ela. Nem por isso a apresentadora e atriz aceita ser chamada de mulher de negócios. Na verdade, ela se orgulha de não saber ler balanços de empresa e já recusou convites para compor o conselho de gigantes como Intel e AT&T. Oprah convive com celebridades como Tom Cruise e Steven Spielberg, mas mal conhece Jack Welch, por exemplo. Talvez devesse. Tem muita figurinha para trocar com ele. Sua holding, a Harpo, movimenta cerca de US$ 520 milhões.
Os negócios da Harpo se estendem por diversos ramos do entretenimento, produtora de filmes para televisão, editora e uma parte do programa diário de Oprah. Só as receitas anuais de The Oprah Winfrey Show, assistido por 22 milhões de telespectadores, são de US$ 300 milhões. Ela ainda tem ações da rede de TV CBS, da TV a cabo Oxygen e em diversos empreendimentos imobiliários. Fora o que está investido no mercado financeiro. Já que não sabe, nem quer saber, de números, ela entrega a direção do império aos cuidados de Jeff Jacobs, presidente da Harpo, um advogado de 53 anos que sempre atuou no ramo do entretenimento. Como conhece melhor do que ninguém o que o público americano gosta, Oprah fica apenas na liderança criativa. Inventa os produtos que os americanos querem ler ou assistir. Nas horas vagas, esquece de vez a infância pobre no Mississipi, a bordo de seu jato Gulfstream IV, indo de uma casa para outra: da mansão na Califórnia para a de Aspen, de Chicago para a fazenda em Indiana. Aproveita o tempo também para pensar em seus próximos passos. Quais são? Possivelmente licenciar pela primeira vez seu nome. É o próximo bilhão de dólares à vista, mas que ela pretende usar apenas em projetos sociais.