O banco Prosper, controlado pelo tradicional grupo carioca Peixoto de Castro, está à venda. Pelo menos duas instituições diferentes confirmaram ter sido sondadas para adquirir o banco, que tem patrimônio líquido de R$ 52,6 milhões e, no fim do primeiro semestre, ocupava a 93ª posição no ranking do Banco Central (BC), com R$ 689 milhões em ativos. “O grupo deixou de ter interesse na operação de um banco”, disse um executivo que conhece bem a família Peixoto de Castro. A primeira oferta foi feita no início de outubro, mas acabou não indo adiante. O Prosper, fundado há 28 anos e hoje presidido pelo executivo Edson Menezes, atua principalmente no crédito para médias e pequenas empresas e tem uma corretora bastante ativa, além de uma gestora de recursos. Segundo informações do BC, o Prosper teve prejuízo de R$ 4 milhões nos cinco primeiros meses do ano. Procurado, o grupo Peixoto de Castro negou formalmente, por meio de sua assessoria de imprensa, que tenha colocado o banco à venda. 

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Nada pessoal: o Prosper, de Menezes, não é o único banco médio a ser negociado nos últimos meses

Antigo controlador da Refinaria de Manguinhos (vendida para o grupo Andrade Magro em 2008), o Peixoto de Castro atua também em petroquímica e metalurgia. A razão da venda do Prosper não está clara, embora alguns conhecedores dos negócios da família carioca afirmem que lhe falta fôlego para continuar investindo no sistema financeiro. O Prosper não é o único banco médio a ser negociado nos últimos meses. Os negócios mais recentes foram a venda do paulista Schahin para o mineiro BMG e do gaúcho Matone para o gigante do agronegócio JBS.Um estímulo a esses negócios é a demora na aprovação, pelo BC, de autorizações para as operações de novos bancos e a permissão para que instituições já existentes diversifiquem suas atividades. Butiques de investimento, financeiras e bancos estrangeiros que pretendem atuar no Brasil seriam os compradores. Quem tem pressa para começar a operar acaba adquirindo um dos bancos médios à venda para ganhar tempo e poder atuar no crédito, em câmbio ou na distribuição de valores.