13/06/2016 - 0:00
A compra do LinkedIn pela Microsoft, anunciada nesta manhã de segunda-feira 13, por US$ 26,2 bilhões, o maior negócio da companhia com sede em Redmond, nos Estados Unidos, traz uma série de interrogações.
O LinkedIn deve permanecer independente, mantendo a marca e os executivos. Jeff Weiner permanecerá como CEO, reportando-se diretamente para Satya Nadella, o CEO da Microsoft. Reid Hoffman, chairman, dará apoio para o negócio, cuja transação deve ser concluída até o fim deste ano.
A compra da LinkedIn é mais uma transação bilionária da Microsoft, que não tem sido bem-sucedida neste tipo de aquisições. Não foram muitas, mas quase todas elas contam com resultados, no mínimo, questionáveis.
Tome como exemplo o aplicativo de comunicação Skype, comprado por US$ 8,5 bilhões em 2011. Ele perdeu o bonde para os aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e o Facebook Messenger.
A fabricante de smartphones finlandesa Nokia, comprada por mais de US$ 7 bilhões em 2014, também não conseguiu fazer com que a Microsoft ganhasse terreno no universo da mobilidade.
No fim de maio, a Microsoft informou que faria uma baixa contábil de US$ 950 milhões e demitiu 1.850 pessoas da área móvel, um indicativo de que estaria jogando a toalha.
Com o LinkedIn, a Microsoft avança nas redes sociais com um site que ganhou notoriedade e respeito entre os profissionais. Mas será que saberá se aproveitar disso?
Atualmente, o LinkedIn conta com 433 milhões de pessoas em sua rede, sendo 20 delas no Brasil. Seu faturamento é de US$ 3 bilhões.
No mercado brasileiro, o LinkedIn conta com 25 milhões de pessoas e começou sua operação em 2011 pelas mãos de Osvaldo Barbosa de Oliveira, um executivo que fez carreira na Microsoft.
Barbosa de Oliveira estaria retornando para sua antiga casa, mas ele anunciou que está deixando o LinkedIn em um post na própria rede social.
Correção: a primeira versão desse post falava sobre a volta de Osvaldo Barbosa de Oliveira à Microsoft, mas ele está deixando o LinkedIn