17/05/2016 - 0:00
Um consumidor foi à Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, tradicional redutor de lojas de eletrônicos, para consertar seu iPhone. No primeiro quiosque, um comerciante queria cobrar R$ 180 só para abrir o aparelho. No segundo, chamado de o Rei do iPhone, o vendedor observou o estado do smartphone e diagnosticou que o mesmo estava com um defeito simples. Bastava uma simples limpeza para ficar “novo”. E ele fez este serviço de graça, pedindo apenas para que cliente “falar bem do serviço”.
O consumidor, que se chama Caio Rossoni, postou a história no Facebook. E o que aconteceu foi surpreendente. O post teve 320 mil curtidas e 71 mil compartilhamentos. A loja do Rei do iPhone, na Santa Ifigênia, virou um sucesso.
O Rei do iPhone, na minha visão, foi o “Rei do Branding”. Ele não se deixou levar pela tentação de, como o colega comerciante, ganhar algum trocado sem trabalho. Certamente, poderia cobrar R$ 100, mas pensou no cliente. Foi orientado e engajado com o cliente.
Fez uma coisa certa ao solicitar que o cliente falasse bem dele. E com isso transformou aquele consumidor num cliente superleal, sem nenhuma “forçação de barra”, como é bastante comum. Leal ao ponto de Rossoni emprestar seu nome ou sua “marca” para endossar e recomendar o Rei do iPhone. Com as redes sociais, o impacto foi gigantesco. Eu mesmo recebi no WhatsApp com um monte de mensagens do link.
Colocar o cliente em primeiro lugar é, sem dúvida, a melhor estratégia para todo o tipo de empresa. Ela vale para o Rei do iPhone ou para uma marca mais valiosa. Saber ter e reter consumidores que chegam ao ponto de expressar sua lealdade com a marca pode ser um grande diferencial competitivo e, certamente, uma grande oportunidade para as marcas. Vale a pena, então, aprender com o “Rei do Branding”.