O veículo submersível que estava perdido no mar faz parte de um esforço relativamente novo que permite aos turistas e outros clientes pagantes explorar as profundezas do oceano, cuja grande maioria nunca foi vista por olhos humanos.

Embora as pessoas explorem a superfície do oceano há dezenas de milhares de anos, apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

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Os pesquisadores costumam dizer que viajar para o espaço é mais fácil do que mergulhar no fundo do oceano. Enquanto 12 astronautas passaram um total coletivo de 300 horas na superfície lunar, apenas três pessoas passaram cerca de três horas explorando o Challenger Deep, o ponto mais profundo conhecido do fundo do mar da Terra, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution .

Na verdade, “temos melhores mapas da Lua e de Marte do que do nosso próprio planeta”, disse o Dr. Gene Feldman, oceanógrafo emérito da NASA que passou mais de 30 anos na agência espacial.

Há uma razão pela qual a exploração do mar profundo por humanos tem sido tão limitada: viajar para as profundezas do oceano significa entrar em um reino com níveis enormes de pressão quanto mais você desce – um empreendimento de alto risco. O ambiente é escuro com quase nenhuma visibilidade. As temperaturas frias são extremas.

O submersível levava cinco pessoas para explorar os destroços do RMS Titanic, que fica a cerca de 1.450 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, e cerca de 3.800 metros debaixo d’água. Operado pela OceanGate Expeditions, uma empresa privada com sede no estado de Washington, a embarcação turística perdeu contato com seu navio-mãe no domingo à noite.