11/01/2012 - 21:00
O mercado de tecnologia deve continuar agitado em 2012. A Apple, agora sem Steve Jobs, terá o desafio de continuar a ser inovadora. Seus concorrentes, no entanto, não ficarão parados. Google e Amazon devem acirrar a competição nos celulares, enquanto a Microsoft promete barulho com seu Windows 8. Confira o que as empresas de TI planejam para este ano:
Parece o Falcon
Os fãs de Steve Jobs poderão comprar, a partir de fevereiro, um boneco imitando o fundador da Apple. Criado pela empresa chinesa In Icons, o brinquedo é extremamente realista. Além do boneco, acompanham o produto, que custará US$ 99, três pares de mãos, um par de calças jeans, dois pares de tênis New Balance e duas maçãs, por exemplo. A Apple não aprovou a brincadeira e pode impedir a comercialização. Há quem diga, no entanto, que a versão boneco de Jobs é muito parecida com o boneco Falcon, sucesso entre as crianças nos anos 1980.
Apagão na internet
Já imaginou o Google, o Facebook e a Amazon saírem do ar simultaneamente? Pois isso pode acontecer. Essas e outras empresas digitais americanas ameaçam fechar suas páginas temporariamente em protesto contra o projeto de lei Sopa (Stop Online Piracy Act), em trâmite nos Estados Unidos desde novembro de 2011. O Sopa estipula punições severas para sites que distribuírem tudo o que for considerado pirataria. As empresas alegam que se trata de uma forma de censura.
Missão impossível no yahoo!?
O portal de internet Yahoo! tem um novo presidente. Scott Thompson, ex-presidente do PayPal, terá a missão de colocar a empresa nos trilhos, coisa que sua antecessora, Carol Bartz, não conseguiu. A executiva acabou demitida em setembro do ano passado. Sob o comando de Thompson, o Paypal dobrou o número de usuários ativos, ultrapassando a marca de 100 milhões. O faturamento da empresa cresceu de US$ 1,8 bilhão para US$ 4 bilhões. Enquanto isso, o Yahoo! tenta sem sucesso resistir à concorrência de empresas como Google e Facebook.
Efeito presidencial
De olho na eleição deste ano, o presidente americano, Barack Obama, criou um perfil no Instagram, programa para iPhone que permite inserir efeitos em fotos e compartilhar nas redes sociais. O aplicativo, eleito pela Apple o melhor do ano em 2011, conta com mais de 15 milhões de usuários e tem entre os seus criadores o brasileiro Mike Krieger. Além do Instagram, Obama marca presença também no Facebook, Flickr, Google+, Twitter, Tumblr e Foursquare, entre outros sites. Em 2008, o bom uso da internet foi importante para Obama levantar fundos para a sua campanha.
Resposta instantânea
As companhias brasileiras adotaram a computação em nuvem?
As pequenas empresas sim, mas as grandes vão demorar mais um pouco. Esse tipo de tecnologia é mais eficaz em aplicações de nicho, como no caso do e-mail. Quando o assunto são os sistemas de gestão, as empresas ainda preferem o modelo tradicional.
Luís César Verdi, presidente da alemã SAP no Brasil, analisa o
mercado de computação em nuvem.
Esse cenário é momentâneo?
As companhias de maior porte vão adotá-la rapidamente, se a intenção for usar esse serviço como uma forma de construir sua infraestrutura. Por outro lado, os sistemas devem continuar dentro da empresa, e não na nuvem. O problema é que, comercialmente, as aplicações desse modelo compensam quando são extremamente padronizadas para haver ganho de escala. Isso não funciona para grandes companhias, que precisam de softwares específicos.
Essa tecnologia mudou o negócio dos fabricantes de software?
Quando você assina um contrato por esse modelo, a responsabilidade é maior. O fornecedor fica responsável por toda a infraestrutura do cliente. Também não existe aquela receita imediata obtida com a venda das licenças para o uso do software. Mas, com o tempo, pode ser que o faturamento dessa nova modalidade seja maior.
Contribuiram: Rodrigo Caetano e Bruno Galo