A motocicleta se tornou um veículo cada vez mais utilizado pelo brasileiro e muitas pessoas estão buscando comprar sua primeira moto.

Vários motivos têm levado a essa opção pelo veículo de duas rodas: deixar de utilizar o transporte público, economia de combustível em relação ao carro, lazer e viagem, ou ainda usar a moto para complementar a renda, como em serviços de entrega e delivery de comida.

Produção de motos sobe 18,2% em 2022; setor espera crescer 9,7% em 2023

Mas o que será que a pessoa deve levar em consideração antes de optar pela motocicleta, principalmente em pontos que afetam o bolso. Separamos alguns deles a seguir:

Dá pra financiar, mas com prazos menores

Quem pretende financiar sua moto, seja ela 0 km ou usada, deve levar em consideração que os prazos costumam ser menores que os praticados para automóveis, já que na maioria dos casos são bens de valores menores. Em contra partida, os juros utilizados também costumam ser menores.

Além dos bancos ligados as fabricantes de motos, existem a opção das instituições tradicionais, como o Banco do Brasil, que tem um canal dedicado ao financiamento de motocicletas.

Economia de combustível

Uma das grandes vantagens da moto em relação ao carro é na economia de combustível. Enquanto um carro econômico pode chegar a rodar 15 km com um litro de combustível na cidade, uma moto consegue fazer cerca de 50 km por litro.

Num cálculo de percurso diário de 50 km e utilizando o valor médio da gasolina de acordo com a Ticket Log no dia 3 de janeiro, de R$ 5,265, um carro vai gastar R$ 386,10 para rodar durante 22 dias úteis. Já uma motocicleta precisaria de R$ 115,83 para rodar o mesmo período, numa economia de R$ 270,27.

Proporção de motos roubadas é maior que a de carros

Com o aumento da procura por motos, ocorreu também um crescimento nos casos de furtos e roubos desse tipo de veículo em todo o país, que é proporcionalmente mais roubado que o carro.

De acordo com dados da Senatran referentes a setembro de 2022, os automóveis compõem 52,67% da frota nacional de veículos, enquanto as motocicletas são 22,32% dos veículos que circulam pelo país.

Segundos a Ituran, a quantidade de sinistros em relação ao número de veículos em sua base de dados é de 1,5% ao ano para carros de passeio e utilitários, enquanto que para as motos esse índice sobe para 15% ao ano. “É incrivelmente superior os números de roubos de motos quando proporcionalizamos pela quantidade de veículos”, disse Rodrigo Boutti, gerente de operações da empresa.

Ou seja, não dá pra ficar sem seguro

Com essas informações sobre os roubos de motos, então deve fazer parte dos seus custos na hora da compra um bom seguro e também a instalação de um rastreador, ítem que tem se tornado cada vez mais presente nos modelos de duas rodas e que costuma baixar o valor do seguro.

A BMW Motorrad do Brasil anunciou que em 2023 suas motocicletas virão com rastreador instalado na própria concessionária e o primeiro ano do serviço será gratuito, com o custo depois disso ficando em torno de R$ 600 e R$ 700 para as motos da marca alemã.

Moto importada tem disponibilidade de peças menor?

A origem da moto também é um ponto a ser observado. Uma máxima sempre levada em consideração, e válida para qualquer tipo de veículo, seja moto ou carro, é de que os modelos importados têm menor disponibilidade de peças de reposição.

É verdade que essa situação mudou bastante nos últimos anos e as marcas presentes no país conseguem atender as motos vendidas por aqui. Mas a preocupação com a falta de peças, ou até mesmo com a falta de uma concessionária próxima, deve ser levada em consideração principalmente para quem mora afastado de um grande centro.