Um bom ditado dos analistas de investimentos ensina que rentabilidade passada não é garantia de ganhos futuros. Mas acompanhar o histórico dos fundos é a mais básica lição de casa do aplicador na hora de definir onde e como alocar seus recursos. Sobretudo agora, dada a nova realidade do mercado financeiro. Com o surgimento da Conta Investimento, o investidor hoje troca de fundo e de gestor sem pagar o pedágio da CPMF. Por outro lado, a criação de benefícios tributários para aplicações de mais longo prazo premia a manutenção do dinheiro em uma mesma aplicação. Logo, é preciso muita informação para pesar os prós e os contras de migrar de um fundo para outro. Com o objetivo de ajudar você leitor a mover com sabedoria as peças do novo quebra-cabeça das aplicações, o já tradicional especial Fundos de Investimento da DINHEIRO chega este ano reforçado com os rankings das aplicações mais rentáveis nas principais categorias do mercado: DI, Renda Fixa, Ações, Multimercados e Cambiais. Como os resultados podem variar dependendo do tamanho de cada bolso, as listas elaboradas pela consultoria RiskOffice vêm divididas por valores mínimos de investimento e apresentam as taxas de administração de cada fundo.

Os rankings são a cereja de um bolo que traz em seu recheio uma análise completa sobre os fundos de investimentos disponíveis no mercado. Entrevistas com gestores experientes, reportagens sobre a multiplicação das ofertas de aplicação e uma visão abrangente das várias categorias desta indústria foram editadas com a intenção de contribuir para a escolha da melhor estratégia para as suas necessidades. Afinal, se não chega a ser preocupante, o cenário para os próximos 12 meses tem um bom número de interrogações. Sobre variáveis externas, como os déficits da economia americana. E internas, como a inflação que desafia a meta, e as conseqüentes taxas de juros extravagantes. Dado este cenário, os conservadores fundos DI continuam sendo o porto seguro. Mas, com o mercado atingindo um grau inédito de sofisticação, vale a pena adicionar uma pitada de risco nas receitas de investimento para apimentar a rentabilidade.

Ninguém mais pode se queixar de falta de opções na categoria multimercados, onde proliferam agressivos hedge funds. Mas, atenção: os fundos que usam e abusam de derivativos tiveram um começo de ano difícil e estão preparados para muitos meses de altos e baixos. Há opções, também, para quase todos os bolsos no segmento de renda variável. E faz décadas que não se viam tantas ações novas na Bolsa. Por fim, é difícil encontrar quem não sofra com a tentação de entrar em fundo cambial vendo o dólar no seu patamar mais baixo em três anos e esperando a alta tantas vezes adiada. Mas igualmente raro é descobrir um especialista que recomende esta opção, a não ser para quem tem compromissos em moeda estrangeira. Nas próximas páginas, DINHEIRO passa a indústria de fundos em revista e indica as melhores alternativas para cada perfil de aplicador. Defina seus objetivos como investidor, e boa leitura!