15/10/2003 - 7:00
Esqueça o bolinho de bacalhau com cerveja morna. Abandone o uísque 12 anos do velho pub ao estilo irlandês. O quente, agora, são os chamados ?icebar?? estabelecimentos inteiramente construídos em gelo. Cadeiras, balcão, mesas, paredes e até mesmo os copos que servem os drinks estão abaixo de zero. Um deles desembarcou em São Paulo na semana passada, durante quatro dias, no aeroporto de Congonhas. Foi trazido pela sueca Volvo. O motivo? Uma estratégia de
marketing para o lançamento de três modelos de caminhões.
?Sempre oferecemos atrações de impacto quando temos novos produtos?, diz Peter Karlsten, até a semana passada presidente da Volvo no Brasil e agora responsável pelo braço de caminhões da marca nos EUA. Os gigantes blocos de gelo com aparência cristalina foram escolhidos a dedo. Vieram do rio Torne, na Suécia. O difícil, mesmo durante o curto espaço de tempo em que permaneceram em São Paulo, foi mantê-los firmes, sem água a escorrer. O icebar permanece incólume mesmo a uma temperatura ambiente entre 10 e 15 graus. O segredo da manutenção: durante a noite, os blocos são colocados em refrigeradores.
A iniciativa chamou a atenção para a Volvo, mas não virá definitivamente ao Brasil. O icebar serviu de amostra para um pequeno fenômeno dos países ao norte. Os bares e hospedagens gelados estão também no Canadá. O Ice Hotel Glace, em Quebec, virou referência de turismo. A idéia dos ?iglus? não é nova. O Icehotel, na pequena vila de Jukkasjärvi, também às margens do rio Torne, já tem 14 anos. Feito de neve e gelo, no verão ele derrete. O mais instigante? A cada ano o hotel ganha um novo desenho ? sempre com a presença de um bar patrocinado pela Absolut, marca de vodca. ? No final de 2004 queremos ter dez Absolut Icebar pelo mundo?, diz Ana Claúdia Faba, gerente da empresa de bebidas no Brasil.