06/07/2011 - 21:00
A informação consta da sexta edição do estudo TIC Domicílios, com dados referentes a 2010, que acaba de ser concluída. A pesquisa foi realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), entidade ligada ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. Conheça mais sobre a evolução da rede no País no ano passado no infográfico.
Murdoch se livra do MySpace
O MySpace, que um dia foi o líder mundial no segmento de redes sociais na internet e há alguns anos está em decadência, foi vendido pela News Corp, do empresário australiano Rupert Murdoch, para a empresa americana de publicidade online Specific Media. Segundo o All Things Digital, rede de blogs do Wall Street Journal, a negociação foi fechada por US$ 35 milhões. Esse valor está abaixo dos US$ 100 milhões que a News Corp pretendia obter com a venda da companhia e bem mais distante, ainda, dos US$ 580 milhões pagos na aquisição do MySpace, em 2005. Mesmo com a venda, Murdoch ficará com uma pequena participação na empresa de internet, entre 5% e 10%, e haverá um corte de 50% no número de funcionários, que hoje é de 400. Fundado em 2003, nos EUA, o MySpace é um dos pioneiros das redes sociais, mas começou a entrar em declínio com o surgimento de novos concorrentes, como o Twitter e o Facebook.
Tablets mais baratos
As fabricantes Positivo, Samsung, Motorola, Envision, MXT e Aiox já estão autorizadas pelo Ministério de Ciência e Tecnologia a produzir tablets no Brasil com PIS/Cofins e Imposto sobre Produtos Industrializados reduzidos. E a Samsung é uma das primeiras a lançar um equipamento com preço menor em função do incentivo. A partir deste mês, a nova versão do Galaxy Tab será vendida no mercado por R$ 999, valor inferior ao preço atual, de R$ 1.749. Também contribui para a redução o fato de que o modelo não tem 3G, recursos de telefonia e de tevê, como a primeira versão.
Prateleira
IdeaPad Z370, da Lenovo - O notebook marrom-escuro pesa 2 kg e exibe boa relação custo-beneficio. Tem processador Intel Core i3, tela de 13,3 polegadas, 4GB de RAM e 500 GB de HD. Por R$ 1.799
Microsoft nas nuvens
A Microsoft começou a vender, na semana passada, o Office 365. Trata-se de uma versão do seu pacote de serviços de escritórios, como gerenciamento de e-mails e textos, que é baseada na computação em nuvem, sistema pelo qual os dados são armazenados na internet. Faz parte da estratégia da empresa para fazer frente ao avanço do Google Apps, serviço que também roda na nuvem e vem crescendo.
Wi-fi nos aeroportos
A presidente Dilma Rousseff quer que os principais aeroportos brasileiros passem a fornecer o acesso à internet sem fio de graça o mais rapidamente possível. A informação foi dada na semana passada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O plano é parte de um pacote de medidas para melhorar a situação dos aeroportos.
Resposta instantânea
Romero Rodrigues, CEO do Buscapé, analisa a situação do mercado digital brasileiro
A situação é favorável ao lançamento de empresas de internet?
No início da década passada, houve a euforia e a ressaca com os investimentos em internet. Um dos efeitos pós-bolha foi a decepção dos universitários brasileiros quanto à possibilidade de abertura de companhias de web. Isso mudou. Há um entusiasmo nos jovens com a ideia de montar uma startup. É algo importante, porque, sem projetos, os investidores não têm para onde destinar seu dinheiro.
Que outros fatores estimulam os investimentos em projetos digitais?
O mercado interno agora é forte. Além disso, construir um empreendimento de tecnologia ficou mais barato. Para desenvolver a infraestrutura de um site de comércio eletrônico em 1999, por exemplo, eram necessários vários milhares de dólares. Hoje, com cerca de US$ 100 por mês isso pode ser realizado.
O que pode ser feito para haver mais empreendedores de tecnologia?
Muitos novos empreendedores de web querem ficar milionários em um ano, mas não é assim que funciona. É preciso amadurecer mais, no que se refere à gestão de negócios. As histórias mais bem-sucedidas no setor pontocom são aquelas em que o empreendedor tem paixão pela empresa, e não pelo dinheiro.
com Bruno Galo