Petróleo

 

Os maiores produtores de petróleo do País, especialmente o Rio de Janeiro, viveram dias menos tensos na última semana. A ministra Carmem Lúcia, do STF, concedeu na segunda-feira 18 uma liminar que suspende a aplicação imediata da nova lei dos royalties do petróleo. Caso a lei não fosse suspensa, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo perderiam uma arrecadação total de R$ 89 bilhões até 2020. Para o Estado do governador Sérgio Cabral, a situação seria ainda pior: R$ 4 bilhões estariam perdidos já neste ano. Agora, embora tenha vencido a batalha, o Rio de Janeiro precisa ganhar a guerra. 

 

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Bancos

 

O inferno austral do HSBC 

 

A vida está dura para o HSBC no Hemisfério Sul. Na segunda-feira 18, sua filial na Argentina foi acusada pelo governo local de montar uma estrutura ilegal para lavar dinheiro e burlar o Fisco. Movimentações de US$ 76 milhões podem ter causado uma evasão fiscal de US$ 44 milhões. Já no Brasil, segundo o BC, o HSBC é o banco que mais cobra para prestar serviços avulsos às pessoas físicas. 

 

 

 

 

Estudo

 

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Petrobras


Térmicas em baixa

 

A Petrobras planeja reduzir sua participação na geração térmica e focar na produção de petróleo e gás natural. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a venda de algumas das usinas termelétricas da estatal geraria caixa para a efetivação do seu plano de investimento para os próximos cinco anos, no valor de US$ 236,7 bilhões. Na terça-feira 19, Graça Foster, presidenta da estatal, afirmou que pelo menos US$ 9,9 bilhões do orçamento previsto para investimentos virão da venda de ativos até 2017. 

 

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Siderurgia


CSN não desiste da CSA

 

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fez sua oferta final pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), empresa controlada pela alemã ThyssenKrupp. O valor de US$ 3,8 bilhões é o mesmo da proposta apresentada no fim do ano passado pela siderúrgica de Volta Redonda. A CSN concorre com a ítalo-argentina Techint e com o consórcio formado pelas gigantes ArcelorMittal, Nippon Steel e Sumitomo. Segundo a agência de notícias Dow Jones, o acordo deve ser fechado ainda em abril.

 

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Números


US$ 63,2 bilhões - é quanto os trabalhadores com déficit de sono custam, por ano, às empresas americanas em produtividade perdida, de acordo com estudo recente da Universidade Harvard.

 

R$ 21,2 bilhões - é a quantia recorde desembolsada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no primeiro bimestre do ano. O valor representa um aumento de 39% ante o mesmo período de 2012.

 

1 bilhão - é o número mensal de usuários do YouTube. Trata-se de quase a metade das pessoas que navegam na internet. Se fosse um país, o site seria o terceiro mais populoso, depois da China e da Índia.

 

R$ 93 bilhões - é quanto o setor aéreo brasileiro deve receber em investimentos públicos e privados até 2020, segundo projeção da Associação Brasileira das Empresas Aéreas. 

 

R$ 488 milhões - é quanto o Sistema Único de Saúde investiu em ações de alta complexidade, em 2011, para tratamento de obesidade e doenças relacionadas ao sobrepeso.

 

750 funcionários - serão demitidos pela Coca-Cola nos EUA, ou cerca de 1% da força de trabalho, num momento em que a fabricante reduz custos para aumentar a rentabilidade. 

 

 

 

 

Futebol

 

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Curtas


A Odebrecht será a principal responsável pela reforma e ampliação do aeroporto de Havana, em Cuba. As obras devem custar US$ 200 milhões. O projeto ainda depende da aprovação de um financiamento de US$ 150 milhões do BNDES.

 

O Boticário inaugurará em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, um novo centro de pesquisa e desenvolvimento de cosméticos. Foram investidos R$ 37 milhões. Em 2012, metade de seu faturamento de R$ 6,6 bilhões foi obtida com novos produtos. 

 

A Ambev encerrará suas operações na Venezuela, em decorrência da queda nas vendas no mercado local. A companhia, ao justificar a decisão, disse que o ambiente do País está “extremamente complexo”. 

 

 

 

 

 

Trabalho


De olho em Ronald McDonald 

 

Uma medida liminar do Ministério Público do Trabalho obriga o McDonald’s a regularizar a jornada de seus 42 mil trabalhadores, em 600 lanchonetes da rede, em todo o Brasil. A ação força a Arcos Dourados, holding que comanda a marca no País, a acabar com a “jornada móvel variável”. A liminar, pedida pelo sindicato da categoria, estabelece também que a empresa, que obrigava os funcionários a se alimentar com os lanches do McDonald’s, permita a eles que levem sua própria alimentação de casa. Se a Arcos Dourados descumprir a liminar, a empresa de Ronald McDonald será multada em R$ 3 mil por mês para cada funcionário afetado.

 

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Entrevista


“O que seria o maior legado da Copa será uma frustração”

 

A aproximação da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, tem despertado dúvidas quanto aos prazos de entrega das grandes obras. Para o sócio da consultoria Grant Thornton no País, Paulo Dortas, se os projetos não forem concluídos a tempo, correm o risco de serem abandonados.

 

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Quais serão os setores mais beneficiados pelos investimentos para a Copa e para a Olimpíada?

Com certeza, haverá duas ondas de setores beneficiados. Na primeira, estarão as atividades ligadas à infraestrutura. Na segunda, estarão as empresas de serviços, como hotéis, escolas, planos de saúde e locadoras. 

 

Os atrasos nas entregas das obras poderão comprometer os eventos? 

Talvez a maior preocupação resida na infraestrutura associada à mobilidade. O que seria o maior legado da Copa deverá ser uma das maiores frustrações. As notícias indicam que as grandes obras de metrô e de corredores de ônibus, entre outras, não estarão prontas para esses eventos. Com o fim da euforia provocada pelas disputas esportivas, as construções podem ser relegadas ao esquecimento.

 

Por que o Brasil tem apresentado tanta lentidão nas obras?

Muitos poderiam dizer que se trata de uma questão cultural. Não acredito que seja isso. Na verdade, a maioria dos projetos enfrenta ou enfrentou dificuldades relacionadas às fontes de recursos. Nem sempre os financiadores, principalmente o governo federal e suas agências de desenvolvimento, tiveram agilidade na análise e liberação dos recursos.

 

 

 

 

Resumo da semana

 

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Colaborou: Bruna Borelli