07/03/2012 - 21:00
Música
O som da vitória
É melhor ir se acostumando. Com a aproximação da Olimpíada de Londres, em julho, a música tema da campanha da Coca-Cola para o evento vai parecer onipresente. A canção Anywhere in the world (Qualquer lugar do mundo, em tradução livre) foi composta pelo produtor musical e badalado DJ londrino Mark Ronson, responsável por alguns dos maiores sucessos da falecida Amy Winehouse. Para criar o ritmo, o músico utilizou sons produzidos por cinco jovens e promissores atletas que deverão disputar os Jogos – como a corredora russa Kseniya Vdovina.
Propaganda
Belos e malditos
Grande sucesso em 2011, os Pôneis Malditos estão de volta à campanha da automotiva japonesa Nissan. Criados pela Lew’LaraTBWA, os animaizinhos, que cantam melodias que colam na memória, promovem agora o modelo da picape Frontier 2013. Em outubro do ano passado, a campanha ajudou a aumentar em 80% as vendas da Frontier, em relação a 2010.
Campanha
Papel da discórdia
O uso, pelo Itaú, de um vídeo de sucesso da internet, em que um bebê ri quando folhas de papel são rasgadas, rende frutos. Nem sempre doces. A peça da agência Africa atraiu críticas da Associação Brasileira da Indústria Gráfica. A entidade pediu ao banco mudanças na campanha que defende o fim da impressão de extratos bancários.
Marketing esportivo
Reforço tricolor
O novo contratado do clube de futebol São Paulo não é nenhum craque da bola, mas entende de promoção. O publicitário Roberto Justus foi escalado pelo time do Morumbi na busca por patrocinadores. O São Paulo tenta encontrar um substituto para o banco BMG, que garantia R$ 30 milhões anuais ao time.
Cinema
Os donos do Oscar
O filme francês O artista (foto ao lado) pode ter ganhado as capas de jornais pelo mundo afora com o seu prêmio de melhor do ano, mas os grandes vencedores do último Oscar foram os poderosos irmãos Bob e Harvey Weinstein. Os filmes distribuídos pela The Weinstein Company conseguiram sete estatuetas na última premiação. Além dos cinco Oscars para O artista, conquistaram dois com A Dama de Ferro.
Bate-papo
Guga Ketzer, sócio e vice-presidente de criação da Loducca. Escolhido como um dos jurados da categoria de filmes, a mais tradicional do Festival de Cannes, o publicitário fala sobre a criatividade do mercado nacional.
O número de prêmios no festival pode ser um termômetro para a qualidade da propaganda brasileira?
Sempre depois de Cannes há discussões sobre uma crise criativa no Brasil. O festival é uma régua, mas não podemos nos pautar apenas por ele.
Existe mesmo uma crise de criatividade no País?
Não vejo nenhuma crise. A propaganda na tevê aberta
só mudou. Não podemos mais falar apenas para a Bélgica brasileira. Agora as ideias precisam ser mais locais.
Esse fenômeno explica o fato de que personagens populares, mesmo que do passado, como os cantores Beto Barbosa e Byafra (Voar, voar), estejam em alta na publicidade?
Temos uma cultura muito rica. Antes a abafávamos para copiar a estrangeira. Agora o mercado global quer conhecer essa cultura.