Pessoas que usam alarmes com sons melódicos evitam a chamada inércia do sono, aquela sonolência e baixa atividade do cérebro que podem se esticar até quatro horas depois de acordar. O resultado saiu de uma pesquisa publicada como artigo científico no PLoS One. “Acreditamos que um som estridente pode atrapalhar ou confundir nossa atividade cerebral ao acordar”, diz Adrien Dyer, coautor do estudo e professor do Royal Melbourne Institute of Technology. Ele sugere que sons mais melódicos podem ajudar na transição para um estado de vigília. “Pense na música ‘Close to Me’, do Cure”, afirma. O impacto da sonolência pode ser bastante sério para trabalhadores que costumam cochilar no trabalho, como motoristas e equipes de emergência. O estado de sonolência foi apontado como causa do acidente de um voo da Air India Express de Dubai para Mangalore, em 2010, que resultou em 158 mortes.

(Nota publicada na edição 1162 da Revista Dinheiro)