A TAM transporta cada vez mais
pessoas ? em ônibus e barcos. Seria estranho para uma companhia aérea, se não fosse por um detalhe: a empresa pilotada por Daniel Mandelli é dona da segunda maior operadora de turismo do País. Criada há cinco anos, a TAM Viagens faturou R$ 100 milhões em 2002. Como a experiência deu certo, resolveu abrir nova conexão. Acaba de inaugurar um escritório em Buenos Aires. Em seis meses, abrirá filiais no Chile, Paraguai e Bolívia. Em seguida, será a vez de Miami e de Paris. ?Onde existe TAM teremos TAM Viagens?, diz Álvaro Feio, diretor da TAM Viagens.

Trata-se de uma tendência internacional. Companhias dos EUA abriram operadoras para estender as promoções de milhagem a pacotes de viagens. No Brasil, a Varig também montou uma empresa de turismo. Além de dar mais benefícios para quem tem milhagem, as empresas têm dois ganhos: criam nova fonte de renda e ajudam a encher os aviões. ?É uma alternativa para gerar negócios?, diz Álvaro. A TAM Viagens oferece exclusivamente vôos da empresa. Mas o resto do pacote funciona como outro qualquer.

Boa parte dos turistas nem fica sabendo que suas férias foram organizadas pela TAM, uma vez que ela trabalha para as agências de turismo. Nos pacotes, a TAM acena com preços mais baixos. ?Alguns pacotes são mais baratos do que os bilhetes aéreos avulsos?, diz Álvaro. Vale a pena para a companhia dar descontos para preencher os lugares nos vôos que não foram lotados pelas vendas diretas. Ao abrir filiais em outros países, a TAM Viagens quer atrair mais turistas para o Brasil. ?Seremos uma fábrica de pacotes para o Brasil?, diz o gerente comercial da TAM em Buenos Aires, Diógenes Toloni.