A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda que a política monetária na zona do euro seja mantida em nível restritivo pelo tempo que for necessário para garantir que o nível de preços seja levado à meta. Na análise da instituição, a inflação na região tem se tornado mais generalizada e mais dispersa entre os países-membros. As observações foram descritas em relatório publicado hoje.

“O Banco Central Europeu (BCE) tem de continuar aumentando as taxas de juro durante o tempo que for preciso para colocar a inflação de volta numa trajetória sustentável em direção à meta de 2%, o que implica em um maior aperto da política monetária se a política fiscal permanecer excessivamente acomodatícia”, afirma.

No documento, a OCDE defende que a política fiscal também deve fornecer condições restritivas à macroeconomia europeia. A OCDE afirma, entretanto, que a estabilidade financeira tem de ser levada em consideração, já que taxas de juros mais altas elevam riscos.

“Os riscos estão crescendo nos setores imobiliários comercial e residencial, degradando a qualidade de ativos dos bancos e do setor financeiro não bancário”, disse a OCDE no relatório.

A instituição alerta ainda que o sistema bancário europeu não está bem integrado, e recomenda que os países resolvam as questões remanescentes que ainda atrapalham a finalização da União Bancária.