(Reuters) – Os Estados Unidos deveriam estudar como os oceanos do mundo poderiam ser usados para retirar o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera com métodos como o cultivo de algas marinhas ou a manipulação de nutrientes na água, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira.

O relatório surge em meio a uma constatação crescente entre cientistas e governos de que reduzir as emissões de gases de efeito estufa de atividades como a queima de combustíveis fósseis não bastará para evitar os piores impactos da mudança climática. Volumes imenso de carbono também precisam ser retirados e armazenados usando estratégias que ainda não se provou funcionarem em larga escala.

O relatório da Academia Nacional de Ciência, Engenharia e Medicina disse que os oceanos são uma área promissora por causa de seu tamanho e sua capacidade de armazenar carbono. Algumas técnicas já estão disponíveis para acelerar os poderes de absorção de carbono dos oceanos e precisam ser estudadas, disse o documento.

O relatório recomendou um programa de 125 milhões de dólares dos EUA para “finalizar algumas pesquisas muito críticas (sobre o tema) na próxima década”.

Em agosto, a China anunciou que explorará maneiras de aumentar seu “sequestro de carbono” oceânico, parte de seu compromisso de zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2060.

As algas marinhas têm um grande papel no controle dos ambientes oceânicos, já que armazenam mais que o dobro do carbono do CO2 por quilômetro quadrado do que as florestas em terra, segundo um estudo de 2012 do periódico científico Nature Geoscience.

(Por Richard Valdmanis)

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