As autoridades da ocupação russa na região de Kherson, sul da Ucrânia, anunciaram nesta quarta-feira (19) que pretendem retirar mais de 50.000 pessoas diante da contraofensiva de Kiev.

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“Está prevista a retirada de entre 50.000 e 60.000 pessoas para a margem esquerda do Dnieper”, o rio que estabelece o limite com a cidade de Kherson, afirmou o chefe da administração de ocupação, Vladimir Saldo.

A saída, com a média de 10.000 pessoas a cada 24 horas, deve acontecer por seis dias, a princípio, destacou Saldo, de acordo com as agências de notícias russas.

A agência Ria-Novosti informou que as operações de retirada por barco já começaram e que, segundo outra autoridade pró-Moscou, Yevgueni Melnikov, os moradores podem seguir para a Rússia.

O general russo Serguei Surovikin, comandante das operações na Ucrânia, declarou na terça-feira ao canal Rossiya 24 que o exército pretende “garantir antes de mais nada a saída segura da população” de Kherson.

A cidade, capital da região de mesmo nome ocupada pela Rússia há vários meses e anexada em setembro, é alvo de ataques ucranianos contra uma série de infraestruturas, destacou o general.

“As ações posteriores na cidade de Kherson dependerão da situação militar”, acrescentou o general Surovikin, antes de reconhecer que “a situação na zona da operação militar especial pode ser descrita como tensa”, pois “o inimigo não cede em suas tentativas de atacar as posições das forças russas”.