02/09/2025 - 11:36
São Paulo, 2 – O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) projetou a oferta de soja no Estado em 48,55 milhões de toneladas na safra 2025/26, retração de 4,79% ante a temporada passada. A demanda foi projetada em 47,61 milhões de toneladas (-4,07%), com exportações em 62,65% (29,83 mi t), esmagamento em 27,81% e consumo interestadual em 9,54%.
A área plantada foi estimada em 13,01 milhões de hectares (+1,67%), com produtividade de 60,45 sacas por hectare calculada pela média dos últimos três anos. Com isso, a produção foi estimada em 47,18 milhões de toneladas, queda de 7,29% na comparação com a safra 2024/25.
Apenas o consumo interno cresce, impulsionado pela maior demanda por biodiesel em decorrência da elevação da mistura obrigatória em 2025. Os estoques finais ficaram mantidos em 940 mil toneladas, queda de 31,04% na comparação com 2024/25.
O vazio sanitário da safra 2025/26 em Mato Grosso vai até 6 de setembro. De acordo com o Imea, as projeções climáticas apontam chuvas insuficientes nos próximos 15 dias. O fenômeno permanece em neutralidade, o que tende a favorecer melhor distribuição das precipitações ao longo da temporada, mas atrasos mais acentuados podem concentrar o plantio e a colheita.
Nos preços, a soja disponível em MT recuou 0,95%, para R$ 119,21 por saca. A comercialização atingiu 88,72% (24/25) e 22,49% (25/26) até o fim de agosto.
Algodão
A oferta de pluma de algodão em Mato Grosso foi revisada para 3,50 milhões de toneladas na safra 2024/25, alta de 1,12% em relação à previsão de agosto e de 15,14% sobre o ciclo anterior, segundo o Imea. A oferta representa o total de produto disponível no Estado, somando a produção estimada de 2,90 milhões de toneladas e os estoques iniciais do ciclo.
A área cultivada permanece em 1,52 milhão de hectares, sendo 297,40 mil ha de primeira safra e 1,23 milhão ha de segunda. A produtividade média foi projetada em 308,08 arrobas por hectare, incremento de 1,68% sobre o relatório anterior e de 5,61% em relação à safra 2023/24. Se confirmada, será a segunda maior produtividade da série histórica.
Na demanda, o Imea projeta 2,72 milhões de toneladas, crescimento de 0,29% frente a agosto e de 11,25% na comparação anual. O consumo dentro do Estado foi ajustado para 41,42 mil toneladas, avanço de 23,20% ante a estimativa anterior, refletindo a ampliação da capacidade de uma indústria fiadora. As exportações seguem em 2,06 milhões de toneladas (+12,43% em relação a 2023/24), enquanto o consumo interestadual foi estimado em 617,54 mil toneladas.
Com isso, os estoques finais devem encerrar o ciclo em 780,66 mil toneladas, o maior volume da série do instituto. Desse total, 635,63 mil toneladas já foram comercializadas, mas os embarques ocorrerão apenas ao longo da temporada 2024/25, que vai de agosto a julho.
A colheita avançou para 76,66% da área até a última sexta-feira, aumento de 21,14 pontos porcentuais na semana, favorecida por boas condições climáticas.
Nos preços, o indicador Imea da pluma caiu 1,62% na semana, para R$ 122,64 a arroba. A paridade de exportação para julho/2026 recuou 1,58%, para R$ 131,67/arroba, pressionada pelo dólar mais fraco. O avanço do beneficiamento aumentou a oferta disponível e contribuiu para a queda das cotações.
A comercialização da pluma da safra 2024/25 chegou a 66,15% em agosto, enquanto para a safra 2025/26 o porcentual vendido foi de 22,57%.