11/10/2017 - 21:54
A nova versão do plano de recuperação judicial da Oi, divulgada nesta quarta-feira, 11, propõe diferentes alternativas para a equalização das dívidas com os credores sem garantia real, ou quirografários. As propostas consideram a equalização dos passivos com ou sem a conversão das dívidas em capital da empresa.
A conversão de dívida em capital da Oi é voltada para os grandes grupos de bondholders. Para esses credores, a tele sugere encaminhar R$ 5,8 bilhões em novos títulos que serão pagos em bullet em dez anos e taxa de juros de 10% ao ano.
Outra parte, de R$ 3 bilhões, será transformada em debêntures conversíveis, com duas opções: conversíveis em até 119 milhões de ações (15% do capital) em três janelas: 0, 6 e 12 meses, a taxa de juros de 10% ao ano. Ou conversíveis em até 225 milhões de ações (25% do capital) em três janelas: 0, 6 e 12 meses e taxa de juros de 6% ao ano.
Há também duas propostas da Oi para credores quirografários, sem conversão. A primeira delas vale para dívidas inferiores a US$ 500 milhões. Nesse caso, credores sofrerão desconto de 50% do valor dos créditos. O pagamento ocorrerá ao longo de 12 anos, sendo seis anos de carência e seis anos com amortizações semestrais, corrigidas por taxa de juros de 6% ao ano.
A segunda proposta sem conversão é destinada a credores quirografários que têm a receber R$ 10 bilhões ou US$ 2 bilhões. O pagamento ocorrerá ao longo de 16 anos, sendo seis anos de carência para desembolso de juros e seis anos de carência para amortização do principal. Os juros serão numa taxa de 65% do CDI para créditos em reais e de 1,25% ao ano para créditos em dólar.