Empresas de diversos segmentos, principalmente do setor de serviços, investiram muito dinheiro no Japão na expectativa de um boom de negócios por conta da Olimpíada. No entanto, a maioria desses empreendedores não tiveram o retorno esperado com o adiamento dos jogos por conta da pandemia.

Estádios, hotéis e restaurantes ficaram vazios sem turistas estrangeiros que eram esperados. Também não há torcedores locais, já que os jogos estão acontecendo sem plateia. Além disso, mais da metade da população não queria que os jogos acontecessem com o país ainda enfrentando o coronavírus.

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O economista do Nomura Research Institute, Takahide Kiuchi, disse à BBC que os jogos não têm mais tanto apelo comercial. Em um relatório, Kiuchi disse que “muito do benefício econômico esperado dos Jogos de Tóquio havia desaparecido em março, quando foi decidido proibir espectadores estrangeiros de viajarem ao Japão”.

Os analistas entrevistados pela BBC acreditam que era melhor não realizar os jogos. Eles preveem que as perdas podem chegar a US$ 15,1 bilhão (R$ 78 bilhões no câmbio de hoje, 3). Em 2013, o custo do evento foi estimado oficialmente em US$ 7,3 bilhões (R$ 37,5 bilhões). Mas, o Conselho Fiscal Nacional do Japão informou que o custo final está próximo a US$ 22 bilhões (R$ 113 bi).

O evento tornou-se um desafio para o país que vem tentando minimizar os impactos econômicos. O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, disse estar confiante que as medidas para manter o público longe do evento evitarão uma escalada da pandemia, e que o país ainda se beneficiará de uma enorme audiência televisiva global.