21/12/2021 - 16:21
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) – A Organização Mundial da Saúde (OMS), que está liderando a luta contra a pandemia de Covid-19, transferiu suas operações a um novo edifício enquanto sua estrutura dos anos 1960 é reformada e saneada devido à presença de amianto.
A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou sua primeira coletiva de imprensa presencial desde julho de 2020 na segunda-feira. Jornalistas foram conduzidos pelas novas dependências elegantes através de uma passagem de ligação e uma cafeteria em espaço aberto até o salão de conferências de última geração.
“A última vez que recebemos vocês, em julho do ano passado, nenhum de nós poderia ter imaginado que, quase 18 meses depois, ainda estaríamos nas garras da pandemia”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aos repórteres.
Jean Tschumi, um arquiteto suíço renomado que projetou o prédio original de 1966 com sua fachada de vidro e seus visores solares de alumínio, também criou a sede premiada da Nestlé em Vevey, nas margens do Lago Geneva.
As duas estruturas são consideradas tesouros do modernismo.
Seu filho e também arquiteto, Bernard Tschumi, integrou o júri que escolheu o projeto da sede ampliada da OMS.
“Nossas caminhadas de domingo de manhã foram nos canteiros de obras”, disse ele ao jornal Le Temps de Genebra.
Questões de segurança relevantes, como riscos de incêndio, foram identificadas no prédio principal, informou o site da OMS.
“As medidas de precaução apropriadas serão adotadas para conter e remover qualquer amianto (ou outro material danoso) de acordo com códigos locais de construção e com a legislação de saúde e segurança”.
Em um comunicado à Reuters, a OMS disse que a quantidade exata de materiais contendo amianto dentro do prédio principal não será conhecida até a reforma ser concluída em outubro de 2024.
A exposição à substância causa câncer de pulmão, laringe e ovários.