Por Gabrielle Tétrault-Farber e Natalie Grover

LONDRES (Reuters) – Os países devem avaliar recomendar que os passageiros usem máscaras em voos de longa distância, dada a rápida disseminação da mais recente subvariante ômicron da Covid-19 nos Estados Unidos, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.

Na Europa, a subvariante XBB.1.5 foi detectada em números pequenos, mas crescentes, disseram autoridades da OMS e europeias em uma coletiva de imprensa.

Os passageiros devem ser aconselhados a usar máscaras em ambientes de alto risco, como voos de longa duração, disse a oficial sênior de emergência da OMS para a Europa, Catherine Smallwood, acrescentando: “esta deve ser uma recomendação emitida para passageiros que chegam de qualquer lugar onde haja transmissão da Covid-19 de forma generalizada”.

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A XBB.1.5 –a subvariante Omicron mais transmissível detectada até agora– foi responsável por 27,6% dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos na semana encerrada em 7 de janeiro, disseram autoridades de saúde.

Não estava claro se a subvariante XBB.1.5 causaria sua própria onda de infecções globais. As vacinas atuais continuam protegendo contra sintomas graves, hospitalização e morte, dizem os especialistas.

“Os países precisam examinar a base de evidências para testes antes da partida” e, se algum tipo de ação for avaliada, “as medidas de viagem devem ser implementadas de maneira não discriminatória”, disse Smallwood.

Isso não significa que a agência recomendou testes para passageiros dos Estados Unidos nesta fase, acrescentou ela.

Medidas que podem ser tomadas incluem vigilância genômica e monitorar passageiros de outros países, desde que isso não implique no desvio de recursos de sistemas de vigilância domésticos.

(Reportagem de Gabrielle Tétrault-Farber em Genebra, Natalie Grover em Londres e David Shepardson em Washington)

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