28/03/2025 - 15:08
A Oncoclínicas&Co (ONCO3) alcançou uma redução de R$ 112,3 milhões na sua dívida líquida no quarto trimestre de 2024, marcando o segundo trimestre consecutivo da empresa com geração de caixa positiva.
A líder em tratamento oncológico na América Latina também reportou uma estabilização na alavancagem financeira.
O fluxo de caixa operacional no trimestre alcançou R$ 291,6 milhões, representando um aumento de 122% em relação ao trimestre anterior. Este desempenho foi impulsionado por um crescimento na receita bruta e líquida, que aumentou 9,2% no 4T24, e um incremento de 6,2% no número de procedimentos realizados, totalizando 692 mil.
Mesmo diante do aumento dos custos, a Oncoclínicas expandiu sua rentabilidade. O Lucro Bruto Caixa alcançou R$ 2,07 bilhões em 2024, com uma margem de 33,3%, evidenciando a capacidade da empresa de balancear expansão e eficiência.
A companhia ainda efetuou um ajuste contábil relevante, com um impairment de R$ 796,1 milhões, medida que faz parte de uma estratégia de saneamento do balanço, visando a sustentabilidade financeira da empresa a longo prazo.
Desde o terceiro trimestre de 2024, a companhia reduziu sua exposição a planos de saúde com taxas de inadimplência maiores e prazos de recebimento mais longos.
“Adotamos uma política comercial em que privilegiamos a geração de caixa, reduzindo entre R$ 30 milhões a R$ 35 milhões ao mês de exposição a planos de saúde que não se enquadravam em nossa estratégia”, afirmou Bruno Ferrari, CEO e fundador da Oncoclínicas&Co.
O prazo médio de recebimento chegou a ser de 118 dias no primeiro trimestre de 2024, fechando em 107 dias no quarto trimestre. De acordo com Ferrari, esse prazo está ainda acima do que a companhia operava antes da piora generalizada do setor de saúde, que era de cerca de 95 dias. “Essa melhora deve ser gradual e lenta, mas consistente”, destacou.
Hapvida
Um dia antes de divulgar seu balanço, a empresa anunciou relevante parceria com a Hapvida NotreDame, para oferecer atendimento ambulatorial em oncologia, que deve beneficiar mais de 600 mil vidas na Grande São Paulo, com potencial de expansão para outros estados nos próximos meses.
O projeto foca na integração do cuidado e maior eficiência no tratamento do câncer, um desafio crescente diante das projeções da OMS e do INCA, que indicam um aumento expressivo da incidência da doença nos próximos anos. Com infraestrutura robusta, investimentos em pesquisa e inovação e uma abordagem assistencial humanizada, as empresas reforçam seu compromisso em transformar o acesso à saúde oncológica no Brasil.
Segundo Ferrari, a companhia continuará focada em otimizar suas operações, investir em tecnologia e expandir sua presença no mercado brasileiro. Ele destacou que a empresa tem avançado em diferentes frentes, com iniciativas como o OC Franquias, que expande o acesso ao tratamento de qualidade, e joint ventures como a parceria com o Grupo Al Faisaliah, na Arábia Saudita, que leva o modelo de excelência da empresa para novos mercados.
A rede possui atualmente 140 unidades e mais de 2.900 especialistas.
“Entregamos resultados sólidos porque mantivemos o foco na eficiência e na disciplina financeira, o que nos permite investir continuamente na expansão e na inovação que transformam o futuro da oncologia. Acreditamos que a escala é fundamental para salvar vidas”, destacou.