Faltam poucas horas para o sorteio a Mega Sena da Virada, que deverá pagar R$ 240 milhões ao seu ganhador, segundo estimativas da Caixa Econômica Federal. Montante de mais de US$ 90 milhões, o prêmio é um dinheiro razoável, capaz de acertar a vida do sortudo e de seus descendentes por cinco ou seis gerações.

Apesar de as probabilidades de acerto sejam infinitesimais, sonhar custa pouco: mais especificamente, R$ 2,50 para a aposta mais simples, cujo prazo se encerrou às 14:30 desta terça-feira, dia 30 de dezembro. Quem não apostou terá de esperar o próximo réveillon. Quem apostou, agora tem apenas de torcer.

Caso o improvável ocorra e os números sorteados combinem exatamente com aqueles guardados cuidadosamente na sua carteira, onde investir essa dinheirama?

Vamos supor que R$ 40 milhões sejam gastos com consumo – casas, carros, barcos, um eventual avião ou helicóptero, além de todos os desejos realizados – e restem R$ 200 milhões para aplicar. O que fazer?

Uma boa recomendação é pensar nessa fortuna como se fosse uma pizza, e dividi-la em quatro “fatias” de R$ 50 milhões.

Dessas, duas fatias, ou R$ 100 milhões, devem ser destinados à preservação patrimonial no longo prazo. Isso quer dizer alguma aplicação financeira que pague juros e a remuneração de algum índice de inflação. Boas alternativas são títulos longos do Tesouro Direto – sim, eles mesmos: os fundos de investimento dedicam a maior parte dos recursos a eles, por que você não pode fazer o mesmo?

A terceira fatia deve ser dedicada a bons investimentos fora do País. Há excelentes gestores de recursos nos Estados Unidos e na Europa cujo trabalho é ficar procurando alternativas de investimentos seguros em países desenvolvidos ou emergentes. Essa fatia será um bom contraponto à economia brasileira. Quando o ritmo dos negócios estiver fraco por aqui, são as aplicações internacionais que vão garantir o sorriso no seu rosto.

Finalmente, a quarta fatia será dedicada a aplicações de risco no Brasil. Podem ser ações, pode ser a participação direta em empresas com grande potencial de crescimento, como as que recebem aportes dos fundos de private equity e venture capital. Também podem ser ativos pouco líquidos, como obras de arte. Com todo esse dinheiro à sua disposição, vale a pena diversificar.

Agora, a pergunta de R$ 5 milhões: se eu não ganhar na Mega Sena, quanto eu preciso ter para seguir essa receita? Para os especialistas, é possível começar a montar uma estrutura parecida com R$ 5 milhões em aplicações financeiras, desde que não haja investimentos de risco nem aplicações em obras de arte.

Agora, é torcer. Boa sorte!