A Opep+ concordou no domingo em elevar a produção de petróleo em 547.000 barris por dia em setembro, o mais recente de uma série de aumentos acelerados na produção para recuperar a participação no mercado, à medida que crescem as preocupações com possíveis interrupções no fornecimento ligadas à Rússia.

A medida marca uma reversão total e antecipada da maior parcela de cortes de produção da Opep+, além de um aumento separado na produção dos Emirados Árabes Unidos, totalizando cerca de 2,5 milhões de bpd, ou cerca de 2,4% da demanda mundial.

Oito membros da Opep+ realizaram uma breve reunião virtual, em meio à crescente pressão dos EUA sobre a Índia para interromper as compras de petróleo russo — parte dos esforços de Washington para trazer Moscou à mesa de negociações para um acordo de paz com a Ucrânia. O presidente Donald Trump disse que quer isso até 8 de agosto.

Em uma declaração após a reunião, a Opep+ citou uma economia saudável e estoques baixos como razões por trás de sua decisão.

Os preços do petróleo permaneceram elevados mesmo com o aumento da produção da Opep+, com o petróleo Brent fechando perto de US$70 por barril na sexta-feira, apoiado em parte pelo aumento da demanda sazonal.

“Considerando os preços razoavelmente fortes do petróleo em torno de US$70, isso dá à Opep+ alguma confiança sobre os fundamentos do mercado”, disse Amrita Sen, cofundadora da Energy Aspects, acrescentando que a estrutura do mercado também indicava estoques apertados.

Os oito países devem se reunir novamente em 7 de setembro, quando poderão considerar o restabelecimento de outra camada de cortes na produção, totalizando cerca de 1,65 milhão de bpd, disseram duas fontes da Opep+ após a reunião de domingo. Esses cortes estão atualmente em vigor até o final do próximo ano.