05/02/2015 - 14:59
Anis Chacur Neto: a maioria das empresas envolvidas na Lava Jato tem alta capacidade de financiamento
A estratégia de aumentar a carteira de grandes clientes, iniciada há dois anos, pelo banco ABC Brasil poderia ter sofrido um revés com a Operação Lava Jato, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro em contratos assinados pela Petrobras e por renomadas construtoras. No entanto, não foi isso que aconteceu. O motivo é que a exposição do banco às empresas envolvidas na investigação da Polícia Federal é mínima. Com isso, o impacto na carteira foi diminuto, de acordo com o presidente, Anis Chacur Neto. “Grande parte das empresas envolvidas possuem forte capacidade financeira e suas atividades com a Petrobras representavam um percentual não muito significativo.”
Focada no segmento corporativo, a instituição viu sua oferta de crédito para esses clientes crescer 18,4% no período, somando um total de 2.120 clientes e uma carteira de R$ 20,5 bilhões. “Estamos dispostos a ocupar os espaços deixados pelos grandes bancos e oferecer crédito para empresas boas”, disse Sérgio Lulia, vice-presidente de relações com investidores do banco.
Em 2014, as receitas da área de garantia e banco de investimentos atingiram R$ 177 milhões e o lucro líquido avançou 22,6% em relação a 2013, para R$ 316,8 milhões. “O bom desempenho neste segmento vem acompanhado da sinergia da base de clientes e a oferta de produtos e serviços na área de bancos de investimentos”, diz Lulia. “Nós crescemos 40% neste ano e essa atividade apresentou importante evolução. Continuamos focados em fusões e aquisições e mercados de capitais.” Em 2015, o banco aposta na expansão de sua área de serviços.