08/08/2025 - 15:51
Desde que foi anunciada, em março de 2025, a proposta de aquisição de parte do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB) foi esquadrinhada com lupa por autoridades e mercado. A operação passou por ajustes para reforçar as suas bases prudenciais e, agora, está na reta final de análise no Banco Central.
A expectativa do mercado é de que a aquisição de ações do Master pelo BRB será aprovada pelo BC, uma vez que ambos os bancos asseguram que as exigências feitas pela autoridade monetária foram cumpridas.
Em anos recentes, diversas operações semelhantes à que envolve o Master e o BRB ocorreram no Brasil, como a aquisição do Banco Modal pela XP Inc.
Por ser um banco público, o BRB tem atributos específicos. O banco aposta fortemente em apoiar setores estratégicos da economia, fomentar o crescimento regional e nacional e promover a inclusão financeira.
Para chegar ao estágio atual, o negócio passou por diversas etapas, normal numa operação desse calibre. O chamado “perímetro” da transação — que define os ativos que farão parte ou serão excluídos da compra — foi reduzido em duas ocasiões.
Outro fato relevante foi a injeção de capital de R$ 2 bilhões, feita por Daniel Vorcaro, principal acionista do Master, entre os meses de junho e julho. Com isso, os riscos da operação para o banco público foram significativamente reduzidos.
Mais uma vantagem é a de expandir a atuação do BRB para além do Distrito Federal. Embora o negócio não envolva a fusão operacional entre os bancos, o BRB vai se beneficiar de sinergias com o Master, aumentando sua rentabilidade. Com o negócio, o BRB também poderá oferecer produtos financeiros mais diversificados aos clientes.
A operação vai impulsionar a competitividade, a inovação e o acesso a serviços financeiros de qualidade para o público geral, sem afastar o BRB de sua missão pública.