O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou 2023 com R$ 13,5 bilhões em operações aprovadas de apoio à exportação, um aumento de 176% em relação a 2022, informou o banco nesta quinta-feira, 22. Os desembolsos somaram R$ 8,7 bilhões, registrando crescimento de 168% na comparação com o ano anterior.

“Os resultados mostram uma retomada do papel do Banco no financiamento às exportações de empresas brasileiras, contribuindo para sua competitividade e inserção internacional”, disse o BNDES em nota.

Na linha BNDES Exim Pré-embarque, por meio da qual o Banco financia a produção de bens de empresas brasileiras destinados à exportação, o valor aprovado em 2023 alcançou R$ 4,5 bilhões. Foram 55 operações aprovadas em 2023 contra 35 operações nos quatro anos anteriores, entre 2019 e 2022. No ano foram desembolsados R$ 5,9 bilhões, valor 79% superior ao total realizado nos quatro anos anteriores.

“Voltamos a apoiar de forma estruturada as exportações das empresas brasileiras, permitindo que produtos os mais variados cheguem ao mercado internacional em condições competitivas”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Ampliar o comércio exterior brasileiro, sobretudo de itens de maior valor agregado, é uma prioridade da nova política industrial do governo do presidente Lula e um passo fundamental para o desenvolvimento das empresas brasileiras”, complementou.

Ao todo, foram 51 grupos econômicos apoiados, que representam cinco das seis missões industriais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Desses grupos, 18 tiveram suas exportações financiadas na linha pela primeira vez.

Os financiamentos contemplaram companhias como o Grupo Weg, líder mundial no setor de equipamentos eletroeletrônicos, a Engrecon S/A, do segmento de autopeças, e a Doremus, que produz insumos para a indústria alimentícia.

Pós-embarque

Já na modalidade pós-embarque, que financia a exportação de bens fabricados no Brasil, foram R$ 8,8 bilhões aprovados em 2023, um incremento de 546% com relação a 2022, e R$ 2,5 bilhões desembolsados, aumento de 13% sobre o ano anterior.

Os principais setores atendidos foram o de aeronaves, em operações de exportação de aviões da Embraer, e o de cutelaria, associado à operação da Tramontina.