Operadores do mercado financeiro veem que o Federal Reserve iniciará o ciclo de cortes de juros este mês nos Estados Unidos com uma redução de 50 pontos-base depois que um relatório do governo mostrou que a taxa de desemprego diminuiu para 4,2% em agosto, mas que os empregadores contrataram menos funcionários do que os economistas esperavam tanto em agosto quanto em julho.

Os operadores agora veem 55% de chance de que o Fed corte sua taxa de juros, atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%, para 4,75% a 5% em sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro.

Antes do relatório, eles viam cerca de 43% de chance desse resultado, com maiores apostas em uma redução de 25 pontos.

A média mensal de três meses na criação de postos de trabalho caiu para 116.000, muito menos do que os 200.000 que os analistas dizem ser necessários para atender às necessidades atuais de uma população que aumentou com a imigração.

A média mensal de três meses na criação de postos de trabalho caiu para 116.000, muito menos do que os 200.000 que os analistas dizem ser necessários para atender às necessidades atuais de uma população que aumentou com a imigração.

No entanto, o relatório também mostrou que a taxa de desemprego diminuiu para 4,2%, de 4,3% em julho, e os analistas permaneceram divididos quanto à possibilidade de a desaceleração desencadear uma resposta agressiva do Fed em relação aos juros no início do ciclo de afrouxamento.

“Está claro que o mercado de trabalho está desacelerando, e o Fed precisa começar a se movimentar”, disse Eugenio Aleman, economista-chefe da Raymond James, que acredita que o primeiro corte será de 0,25 ponto percentual.

“Mas o céu não está caindo, o chão não está tremendo… e fazer um corte de 50 pontos-base enviará um sinal incorreto ao mercado” de que a economia está desmoronando, disse ele. “E eles não querem fazer isso.”