07/10/2021 - 17:42
Um órgão das Nações Unidas aprovou a quantia de US$ 174,3 milhões para mitigar os efeitos das mudanças climáticas em um grande trecho de terra do chamado Corredor Seco da América Central, informou nesta quinta-feira (7) uma fonte oficial.
O Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE) informou em um comunicado que foi aprovada a proposta apresentada ao Fundo Verde para o Clima (FVC), um órgão das Nações Unidas criado em 2019 para apoiar os países em seus esforços para se adaptarem às mudanças climáticas.
“Os recursos beneficiarão 2,4 milhões de pessoas, através do acesso a assistência técnica e crédito para a implementação de práticas de adaptação às mudanças climáticas” no Corredor Seco, explicou a instituição financeira sediada em Honduras.
O chamado Corredor Seco é um trecho de aproximadamente 1.600 km de comprimento, cuja largura varia de 100 a 400 km, que se estende desde o estado de Chiapas, no México, até o nordeste da Costa Rica.
Mais de 10 milhões de pessoas vivem nessa região que sofre com mudanças extremas do clima, excesso de chuvas em alguns anos e secas prolongadas em outros, que causam insegurança alimentar para os mais pobres.
O presidente-executivo do BCIE, o hondurenho Dante Mossi, explicou que a proposta foi feita ao FVC dentro de um programa aprovado pela instituição financeira em novembro de 2020, como resposta aos efeitos dos furacões Eta e Iota, que castigaram a América Central no ano passado.
Eta e Iota deixaram cerca de 200 mortos e prejuízos avaliados em bilhões de dólares, principalmente em Nicarágua, Guatemala e Honduras.
Mossi destacou que o programa busca “prover recursos” aos países centro-americanos para o financiamento de projetos “que enfrentem e previnam os desastres naturais” e ajudem essas nações a “se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas” com medidas de curto, médio e longo prazo.