O órgão regulador dos mercados das Bahamas – equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil – anunciou na última sexta-feira, 30, a apreensão de ativos digitais avaliados em US$ 3,5 bilhões de uma operação local da FTX, em meados de novembro, quando a bolsa de criptomoedas entrou em colapso. Gerentes da FTX contestaram os valores anunciados, alegando que o valor dos ativos seria de US$ 296 milhões quando transferidos, ou US$ 167 milhões corrigidos nos preços à vista atuais.

Christina Rolle, diretora executiva no órgão regulador das Bahamas, afirmou em uma declaração tornada pública que a comissão buscou o controle dos criptoativos mantidos pela FTX Digital Markets no mês passado, depois que o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, contou às autoridades locais sob juramento sobre uma tentativa de hacking.

Seu depoimento, arquivado na Suprema Corte das Bahamas, também confirmou que o órgão regulador utilizou Bankman-Fried e outro cofundador da FTX, Gary Wang, para fazer as transferências acontecerem.

A declaração de Rolle fornece uma nova visão sobre como os reguladores nas Bahamas, onde a FTX administrava sua operação de câmbio condenada nos Estados Unidos, responderam quando a empresa entrou em colapso, inclusive varrendo seus ativos locais para carteiras controladas pelo governo. Esses tokens foram avaliados em US$ 3,5 bilhões no momento da transferência, de acordo com a diretora executiva.