04/01/2017 - 0:00
Em sua edição de número 948, que chegou às bancas na última semana de 2015, DINHEIRO publicou sua tradicional edição “Onde Investir em 2016”. A revista fez uma pesquisa junto aos analistas de mercado para saber quais as ações recomendadas para o ano.
Repetindo o padrão, foram pedidas nove sugestões. Três ações de baixo risco, três de risco médio e três de alto risco, ou arrojadas. Passados doze meses, é hora de avaliar se essas recomendações compensaram. Quem seguiu as recomendações dos analistas ganhou dinheiro? A resposta rápida é não. A resposta não tão rápida é: dependeu do apetite pelo risco.
Um investidor que tivesse aplicado R$ 9 mil nessas ações, investindo mil reais em cada uma delas, teria R$ 10.217,40. Um ganho nominal de 13,53% sem considerar gastos com corretagem.
Essa aplicação ganhou dos cerca de 7% de inflação e dos 8,3% da poupança, mas perdeu dos 14% dos juros de mercado medidos pelo CDI e dos 38,9% do Índice Bovespa. Ou seja, não foi um bom negócio para quem está disposto a correr o risco das bolsas.
Porém, quem fugiu do risco ganhou dinheiro. Na média, as três ações consideradas de baixo risco – Itaú Unibanco PN, Bradesco PN e AmBev ON – renderam 39,63%, um pouco mais que o Índice Bovespa.
As ações de médio risco – Cielo ON, BR Foods ON e Suzano Papel PNB – perderam 10,5% em média. E os papéis arriscados – Pão de Açúcar PN, Kroton ON e Valid ON – ganharam 11,5% em média, abaixo do índice e do CDI. Assim, quem optou pelo conservadorismo obteve um resultado melhor do que a média do mercado.
Qual a conclusão? Não dá para dizer que os analistas não merecem seu salário. Nenhum analista seria capaz de prever o impeachment, o BrExit, a eleição de Donald Trump e outros sobressaltos de 2016. Assim, uma boa recomendação é seguir as recomendações deles, mas tendo em vista que 2017 promete não ser fácil.
Em tempo: as recomendações dos profissionais de mercado para 2017 são:
Ações conservadoras: Raia Drogasil ON, Transmissão Paulista PN e AmBev ON
Ações moderadas: Itaú Unibanco PN, CCR ON e Iguatemi ON
Ações arriscadas: Petrobras PN, Banco do Brasil ON e Gerdau PN