13/02/2008 - 8:00
OERTZEN, DA OCTAGON KOCH TAVARES: “O Brasil Open já está entre os 20 torneios mais importantes do mundo”
Não deu nem tempo para os funcionários do aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, ?recarregarem as pilhas? depois do intenso movimento gerado pelo Carnaval. Na quinta-feira 7, um dia depois de os trios elétricos encerrarem os desfiles pela capital da Bahia, o desembarque de vôos lotados continuava e o número de recepcionistas impressionava. Não estavam ali para receber novos foliões, mas sim a elite do tênis internacional. São estrelas como o brasileiro Gustavo Kuerten, o argentino Guillermo Coria, o chileno Nicolas Massu, o espanhol Carlos Moya, o equatoriano Nicolas Lapentti e mais outros 43 atletas de renome que disputarão, entre os dias 11 e 17 de fevereiro, o Brasil Open de Tênis, na Costa do Sauípe.
Somente eles e seus convidados ocuparão 120 apartamentos de um total de 644 unidades disponíveis nos hotéis na idílica praia a 76 km de Salvador. ?O Brasil Open está entre os 20 maiores torneios de tênis do mundo?, diz Fernando Von Oertzen, vice-presidente de assuntos corporativos da Octagon Koch Tavares, empresa que organiza o torneio. ?Já movimenta R$ 12 milhões em investimentos?, revela. Detalhe: US$ 485 mil só em prêmios. É, sem dúvida, muito dinheiro. Porém, não é nada diante da logística necessária para dar vida ao evento.
Uma semana antes do torneio, sete caminhões e um avião saem de São Paulo carregados com mais de três toneladas de produtos com destino à Costa do Sauípe. Eles levam os materiais cruciais para o acontecimento da competição. Durante os sete dias do Brasil Open são utilizados 30 mil copos de água, mil garrafas de isotônicos, 5.040 bolinhas e muito mais (ver tabela). Entre um saque e outro, cerca de 1,5 mil profissionais garantem o espetáculo para um público de 20 mil pessoas. O clima de festa é constante dentro e fora das arenas, das clínicas para iniciantes no esporte e dos shows de artistas famosos. Nos camarotes, os 1,1 mil lugares são ocupados por convidados das empresas patrocinadoras. Para eles foi construída uma tenda de mil metros quadrados, onde haverá degustações de vinhos, refeições com pratos exóticos e, claro, a oportunidade de fazer bons contatos. ?O Brasil Open se transformou em um centro de negócios rentáveis?, avalia Jorge Lacerda, presidente da Confederação Brasileira de Tênis. ?É uma ótima oportunidade para nossas ações de relacionamento?, comemora Simão Luiz Kovalski, gerente de marketing do Banco do Brasil, principal patrocinador do evento.
R$ 280 MILHÕES foi quanto as marcas ganharam em retorno de mídia em 2007
Para reforçar essa parceria de sucesso, o Banco do Brasil reservou 350 espaços vip e distribuiu mais de seis mil ingressos para os seus clientes de maior potencial. O motivo para tanto investimento é claro. Só em retorno de mídia para as marcas, o evento de 2007 gerou R$ 280 milhões. Mas não é só no ramo dos negócios e entretenimento que o único torneio brasileiro que proporciona 35 pontos no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais, a ATP, quer se destacar. Nesta edição de 2008, ele entra para a história do esporte como o primeiro evento de tênis sustentável do mundo. O que há de diferente? Mais de seis toneladas de papel reciclado serão utilizadas na impressão de revistas e panfletos, duas mil árvores serão plantadas na Costa do Sauípe para compensar a emissão de gases durante os dez dias de evento e os 13 geradores de energia usados nas arenas serão abastecidos com biodiesel. Além da Bahia e do tênis, o planeta agradece.
DIVERSÃO: além de assistir aos jogos, os convidados terão aulas de tênis com Maria Esther Bueno (à esq.), a eterna campeã de Wimbledon, e serão recebidos em áreas vip