Após registrar o menor orçamento dos últimos 20 anos em 2021 (R$ 2,98 bilhões), o Ministério do Meio Ambiente voltou a ver sua verba nominal crescer no ano passado, chegando a R$ 3,61 bilhões. Mas a boa notícia parou ali. Na prática, o dinheiro foi menor. O valor de R$ 2,61 bilhões de despesas executadas foi o mais baixo dos últimos cinco anos.

Para 2023, o governo de Jair Bolsonaro também não aliviou na herança deixada para o seu sucessor. O recurso para a pasta proposto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) sofreu redução de 6,4%.

Este será o primeiro desafio de Marina Silva no comando da pasta que sob sua gestão passará a se chamar Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Mesmo com os desafios orçamentários, a ministra assume mostrando que está pronta para a luta.

Ao ser convidada para compor o ministério por Luiz Inácio Lula da Silva, ela fez duas reivindicações. A primeira foi a volta do Fundo Amazônia.E a segunda, o retorno do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Ambas foram atendidas por Lula ainda na cerimônia de posse do dia 1o, quando assinou de uma só vez dois decretos atendendo as demandas de Marina.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1306 da Revista Dinheiro)