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O Brasil vai entrar em obras. Até os Jogos Olímpicos de 2016, inúmeras placas indicando “homens trabalhando” serão comuns na paisagem das grandes cidades.

Pacotes de investimento na infraestrutura urbana estão sendo preparados. E o setor imobiliário está de portas abertas para receber uma parte desse capital. De programas populares de habitação aos espaços comerciais, ninguém vai ficar de fora.

Com esse horizonte, existe um potencial de valorização para atrair grandes investidores, principalmente nos imóveis comerciais que devem ser erguidos, reformados e, muitos deles, repassados para a gestão de profissionais. a busca é por uma rentabilidade média de 10% ao ano.

De olho nesse potencial mercado, a britânica Standard Life Investments acaba de assentar seu primeiro tijolo no País.

Com sede em Edimburgo, na escócia, a tem £ 121,6 bilhões ( R$ 316,2 bilhões) sob gestão e aterrissa em solo brasileiro pelas mãos da gestora local de recursos Para ser dona do seu primeiro imóvel no Brasil, a Standard desembolsou R$ 15 milhões.

É um valor pequeno, mas não se iluda: os britânicos separaram inicialmente 250 milhões para investir em propriedades deste lado do Atlântico. No projeto traçado com a Eccelera, estão previstas as com-pras de pelo menos mais quatro imóveis que devem estar com a faixa de preço entre r$ 15 milhões e 60 milhões.

O recém-adquirido edifício alana ii tem 13 andares e está próximo à avenida luís Carlos Berrini, região com a maior concentração de prédios comerciais de primeira linha na capital do estado de são Paulo. a taxa de retorno estimada está em torno de 12%. ” Nossa estratégia é fazer chegar a 15%”, diz Flavio Mantesso Filho, diretor de negócios da Eccelera Chegar a essa rentabilidade exigirá novos investimentos.

Durante o próximo ano, reformas serão realizadas interna e externamente com o objetivo de elevar o padrão do imóvel. O interesse da Standard em firmar-se no País está ligado ao potencial de crescimento de espaços comerciais em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“A base de imóveis comerciais nessas duas principais cidades é pequena, se comparada ao potencial da economia brasileira”, diz Mordejai Goldenberg, vice-presidente da Cushman & Wakefield para a América do sul. Com £ 8 bilhões em ativos imobiliários pelo mundo, a standard quer fazer valer a condição de “quem chega primeiro consegue adquirir os melhores ingressos”.

“Vamos garimpar o melhor retorno para os ativos”, afirma Marcelo Safadi, diretor-financeiro da Eccelera. A empresa fechou um contrato de exclusividade para ser a gestora dos imóveis dos britânicos no País. Se depender dela, o som da gaita de foles será ouvido com muita frequência pelos paulistas e cariocas.

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