Por mais que talento e dedicação sejam fundamentais, a verdade é que não se faz esporte de alto rendimento sem recursos. O caminho rumo ao topo de nações que se tornaram potências paralímpicas e olímpicas confirma que o sucesso está diretamente ligado ao volume de investimentos. A Grã-Bretanha, uma das principais referências em evolução esportiva, aumentou em 30% os valores destinados ao esporte de ponta entre 2012 e 2016. Resultado: subiu do terceiro para o segundo lugar no quadro geral de medalhas. Há aí outro detalhe interessante. Os Jogos de 2012 foram em Londres. Os britânicos, portanto, não reduziram os níveis de investimento mesmo depois de os atletas trocarem a capital inglesa pelo Rio.

O exemplo inglês mostra que não basta dar um salto de qualidade. O maior desafio é se manter entre os melhores – e só se faz isso com dinheiro. Em recente visita ao Brasil, Gary Brickley, pesquisador da Universidade de Brighton, no Reino Unido, afirmou que um dos segredos de seu país é investir em alta tecnologia.

A Braskem patrocina a equipe brasileira de paratletismo desde outubro de 2015 e, recentemente, renovou o contrato até 2021

Alguns dos melhores laboratórios do mundo ficam na Inglaterra, como simuladores de altitude e túneis de vento. A China, campeã geral no quadro de medalhas desde a Paralimpíada de Atenas, em 2004, triplicou os recursos para o esporte de alto rendimento nos últimos 15 anos. Por isso mesmo, costuma olhar os adversários pelo retrovisor. O Brasil também tem resultados a apresentar. Para além do talento excepcional dos atletas, o aporte financeiro tem sido vital para a conquista medalhas. “É por meio de patrocínio que os atletas brasileiros podem garantir sua prática sem interrupções, melhorando o desempenho e a presença em competições nacionais e internacionais”, afirma Marcelo Arantes, vice-presidente de Pessoas, Comunicação, Marketing e Desenvolvimento Sustentável da Braskem. A empresa patrocina a Equipe Brasileira de Paratletismo desde outubro de 2015 e, recentemente, renovou o contrato até 2021.

“Com a renovação, a Braskem se tornou a maior patrocinadora privada da história do Comitê Paralímpico Brasileiro.” Mizael Conrado, presidente do CPB, reforça o papel vital da iniciativa privada. “A parceria com a Braskem será fundamental na campanha rumo a Tóquio-2020”, afirma.

“O esporte paralímpico é um exemplo inspirador para a sociedade”
Vice-presidente de Pessoas, Comunicação, Marketing e Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Marcelo Arantes fala da importância do investimento no esporte

Que razões levaram a Braskem a patrocinar o esporte paralímpico brasileiro?
O patrocínio à Equipe Brasileira de Paratletismo começou em outubro de 2015 e, em junho deste ano, foi renovado até 2021. Essa parceria está alinhada ao propósito da Braskem de melhorar a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da química e do plástico. A Braskem mantém o seu apoio ao esporte paralímpico porque acredita ser uma oportunidade transformadora para paratletas e um exemplo inspirador para a sociedade. Acreditamos na superação do ser humano e estes atletas são um exemplo disto.

Em que consiste o Projeto Paralímpico da Braskem?
A Braskem quer contribuir com o desenvolvimento do esporte nacional, fortalecendo a presença de paratletas brasileiros em competições de alto nível. Os investimentos são destinados ao desenvolvimento e ao preparo técnico dos atletas para disputas nacionais e internacionais, incluindo os Jogos Para-sulamericanos, em Buenos Aires, Argentina, em 2018, os Jogos Parapan-Americanos, em Lima, Peru, e o Mundial da modalidade, ambos em 2019, e, por fim, os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020.  O patrocínio beneficia 44 atletas e 17 guias que integram a seleção brasileira, divididos entre equipes principal e juvenil, nas provas de pista e de campo.

Que tipo de retorno a Braskem espera obter com o apoio ao esporte paralímpico brasileiro?
Esperamos que, com o patrocínio, os atletas possam se dedicar integralmente ao esporte, mantendo o desempenho excepcional conquistado nas últimas competições. Lembro que os paratletas brasileiros subiram ao pódio 33 vezes, oito das quais no degrau mais alto nos Jogos Paralímpicos da Rio-2016. Para a Braskem é motivo de orgulho investir em pessoas. Especialmente se elas podem despertar o interesse de crianças e adolescentes a terem boas práticas, como o esporte, além de admirarem o trabalho realizado pelos paratletas.

Os níveis de investimentos privados no esporte foram mantidos após o fim da Olimpíada e da Paralimpíada do Rio?
Sim. Com a renovação do contrato, a Braskem se tornou a maior patrocinadora privada da história do Comitê Paralímpico Brasileiro.

De que forma os investimentos privados impulsionam o esporte paralímpico brasileiro?
Os atletas dependem diretamente do apoio da iniciativa privada para que possam focar integralmente em treinos e, dessa forma, melhorarem suas performances, já que os custos da profissão são altos. É por meio do patrocínio que os atletas brasileiros podem garantir sua prática sem interrupções, melhorando o desempenho e a presença em competições nacionais e internacionais. E, dessa forma, aumentando a sua exposição e gerando o interesse de outras empresas, em um verdadeiro ciclo virtuoso. De nosso lado, buscamos destacar em nossas ações o excelente desempenho obtido pela Equipe Brasileira de Paratletismo, resultado de muita dedicação e suor.