10/01/2007 - 8:00
Inovação: A fabricante de produtos de beleza emprega cinco milhões de mulheres, vende um batom a cada três segundos e fatura US$ 7,7 bilhões por ano
Em 1886, três décadas antes de as mulheres americanas conquistarem o direito ao voto, o empresário David McConnel iniciava uma das mais lendárias histórias do mundo dos negócios. Para vender perfume de porta em porta, ele recrutou um exército de mulheres acostumadas apenas a fazer os trabalhos domésticos. Nascia, então, a Avon. A saga dessa empresa que fez escola e inaugurou um modelo de negócios totalmente inovador é o ponto de partida do livro Avon ? a história da primeira empresa do mundo voltada para a mulher, escrito pela americana Laura Klepacki e editado pela Best Seller. Com 269 páginas, é uma leitura rápida e didática sobre a gigante dos cosméticos que foi classificada pela revista Fortune como uma das 50 melhores empresas para as minorias. Afinal, desde a sua fundação, a empresa empregou 40 milhões de mulheres. Hoje, com uma equipe de vendas de cinco milhões de revendedoras espalhadas por mais de 100 países, ela realiza 1,6 bilhão de transações anuais, vende um batom a cada três segundos e fatura US$ 7,7 bilhões. Um caso de sucesso que, definitivamente, virou modelo.
Crescimento Histórico: Desde 1980, o país com 1,3 bilhão de habitantes cresce a uma média anual de 25%
O gigante que assusta o mundo
O que faz as potências temerem a China
Quando George W. Bush assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 2001, ele declarou abertamente que a maior ameaça à hegemonia americana era a China. O país, com uma população de 1,3 bilhão de habitantes, é visto por toda a comunidade internacional como a grande potência dos novos tempos. Comandado com mãos de ferro pelo Partido Comunista, o país iniciou o processo de abertura econômica na década de 1980 e, nos últimos 25 anos, registrou um crescimento médio de 9% ao ano. Toda a história desse tigre asiático pouco entendido pelo Ocidente é minuciosamente contada no livro China: uma nova história, dos americanos John King Fairbank e Merle Goldman. Eleito livro notável pelo The New York Times, ele disseca a cultura chinesa e os principais problemas e desafios dessa potência como, por exemplo, a questão da agricultura. A China, dona de 23% da população mundial, tem apenas 7% das terras cultiváveis do planeta. Trata-se de leitura obrigatória para quem pretende entender as engrenagens da economia chinesa.
J.P. Morgan: O banqueiro, que até hoje é sinônimo de poder, ditou as regras no mercado financeiro mundial na virada do século XIX
A gênese do capitalismo americano
Como quatro magnatas construíram as bases do império econômico dos Estados Unidos
Não há como falar sobre o colosso industrial em que os Estados Unidos se transformaram no fim do século XIX sem mencionar os precursores dessa virada. O barão do aço Andrew Carnegie (1835-1919), o barão do petróleo John D. Rockefeller (1839-1937), o barão das ferrovias Jay Gould (1836-1892) e o barão das finanças J.P Morgan (1837-1913), jocosamente chamados pela imprensa americana de ?Os Barões Ladrões?, praticamente inventaram a economia daquele país. A história, com riqueza de detalhes, é contada no livro Os Magnatas, do escritor americano Charles R. Morris, da editora L&PM. Nas 375 páginas, é possível ver, além da história desses gigantes do capitalismo cujos sobrenomes representam poder até os dias de hoje, como as invenções e inovações tecnológicas criadas pelos americanos mudaram o mapa da riqueza mundial. De acordo com o autor, os Estados Unidos ultrapassaram a produção industrial da Grã-Bretanha, até então a grande potência, no fim da década de 1880. A partir daí assistiu-se a um crescimento espetacular do país cuja economia, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, já representava o dobro da britânica.