O Oceano Pacífico, o maior da Terra e responsável por cobrir quase um terço da superfície do planeta, está encolhendo gradualmente todos os anos. Isso é o que mostra estudo do geofísico Chuan Huang, da Curtin University, na Austrália, e publicado na revista científica National Science Review.

De acordo com o levantamento, todo ano o Pacífico fica aproximadamente 2,5 cm menor, como resultado das placas tectônicas serem empurradas para o oeste. A diminuição terá como consequência, diz o estudo, a convergência da América do Norte com a Ásia.

+Exploração mineradora, nova frente de luta na preservação dos oceanos

Huang e a equipe de pesquisadores notaram que a força da litosfera, a camada superior mais rígida da Terra, tem sido um ponto negligenciado para compreender o surgimento de um supercontinente.

“Uma redução teoricamente estimada na espessura da crosta oceânica e, portanto, sua força, durante o resfriamento secular da Terra, indica que a introversão só foi possível para o período pré-cambriano, quando a litosfera oceânica era mais forte, prevendo assim a formação do próximo supercontinente Amasia através do fechamento do Pacífico Oceano em vez dos oceanos Índico-Atlântico”, diz o estudo.

A previsão para o surgimento do novo supercontinente, que receberia o nome de Amasia, entretanto, é de cerca de 200 milhões de anos. A Pangeia se formou há 335 milhões e começou a se separar durante a ascensão dos dinossauros. Atualmente, a Terra é formada por sete continentes com ecossistemas e sociedades completamente distintos, diferentemente da época da Pangeia e muito mais diferente do que será daqui a 200 milhões ou 300 milhões de anos.