09/09/2022 - 6:33
Após a morte da rainha Elizabeth II, monarca britânica por sete décadas, os próximos dias até o funeral na Abadia de Westminster em Londres estão planejados de maneira precisa.
O momento histórico e repleto de emoção foi planejado meticulosamente durante anos e seus detalhes eram revisados com frequência no plano “London Bridge” (Ponte de Londres).
Um rei idoso e pouco apreciado, um desafio para a monarquia britânica
Do dinheiro ao hino: o que vai mudar após a morte de Elizabeth II
Quem é quem na família real britânica
Charles 3°, o príncipe que esperou a vida toda para ser rei
O protocolo, no entanto, muda com o falecimento da rainha na quinta-feira (8) e começa a operação ‘Unicórnio’.
Apenas o novo rei Charles III poderá decidir sobre determinados aspectos, mas é possível fazer um resumo das próximas etapas com base nas opiniões de especialistas e nas indiscrições da imprensa britânica.
– Sexta-feira, 9 de setembro –
O rei Charles III e sua esposa Camila devem retornar a Londres depois de passar a noite em Balmoral, a residência escocesa onde Elizabeth II faleceu na quinta-feira.
O novo monarca deve ter sua primeira audiência com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que foi designada na terça-feira pela falecida rainha para formar o governo.
O soberano deve finalizar os últimos detalhes dos funerais, a duração do luto para a família real – que prosseguirá por até sete dias após o funeral – e o governo confirmará quantos dias vai durar o luto nacional, provavelmente entre 12 ou 13. O dia do enterro, que ainda não foi definido, será feriado.
As bandeiras britânicas serão hasteadas a meio mastro, os sinos das igrejas tocarão em Londres ao meio-dia e 96 salvas de canhão serão disparadas em memória da soberana, uma para cada ano de vida.
A primeira-ministra e os membros de seu governo devem comparecer a uma cerimônia religiosa “improvisada” na catedral londrina de St. Paul.
– Sábado, 10 de setembro –
Um conselho de autoridades se reunirá durante a manhã no Palácio de St. James de Londres e proclamará Charles III como novo rei.
A proclamação é feita pela principal figura da nobilíssima Ordem da Jarreteira e por alguns arautos em carruagens que devem ler o texto em Trafalgar Square e na sede da Bolsa Royal Exchange.
O Parlamento promete lealdade e expressa condolências.
O novo rei recebe durante a tarde a primeira-ministra e os principais ministros.
– Domingo, 11 de setembro –
O caixão da rainha é levado ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia.
As administrações descentralizadas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte proclamam o novo rei.
– Segunda-feira, 12 de setembro –
O caixão deve ser levado em procissão para a catedral de Saint Giles, com uma cerimônia religiosa na presença de membros da família real.
Sessão de condolências no Palácio de Westminster com a presença do novo rei.
Durante a tarde, Charles deixa Londres e visita Escócia, Gales e Irlanda do Norte.
– Terça-feira, 13 de setembro –
O caixão com o corpo da rainha chega de avião a Londres e segue para o Palácio de Buckingham.
– Quarta-feira, 14 de setembro –
Procissão pelo centro de Londres para transportar o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster. O corpo da monarca permanecerá no local por quatro ou cinco dias em um catafalco de cor púrpura em Westminster Hall.
Os britânicos poderão visitar o local e apresentar condolências durante 23 horas por dia. Milhares de pessoas devem passar pelo local.
– Segunda-feira, 19 de setembro –
Possível funeral de Estado na Abadia de Westminster com autoridades de todo o mundo.
A família real deve caminhar atrás do caixão.
O país vai parar durante dois minutos de silêncio.
Após a cerimônia, a rainha será enterrada em um evento particular na Capela de St. George do Castelo de Windsor, a 37 quilômetros da abadia, ao lado do marido, o príncipe Philip.