13/02/2024 - 16:08
O preço do contrato mais líquido do ouro recuou nesta terça, 13, com o metal precioso sendo pressionado pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA mais forte do que o esperado, que aumentou as apostas por cortes de juros mais tardios na maior economia do mundo. Diante da oscilação, o ouro chegou a tocar a marca psicológica de US$ 2 mil por onça-troy, mas recompôs parte das perdas antes do fechamento.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 1,27%, a US$ 2.007,20 por onça-troy.
O CPI dos Estados Unidos subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. O valor é mais alto do que os analistas esperavam, e com isso, a ferramenta do CME Group deixou de apontar majoritária a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em maio. Segundo o Jefferies, o dado é “bastante preocupante” para o Fed, enquanto o CIBC indica que o número ainda muito aquecido não dá a confiança que a autoridade monetária americana esperava para cortar juros.
Craig Erlam, da Oanda, escreve que o dado de hoje traz o ouro de volta ao cenário de “boas notícias são más notícias”, e investidores devem monitorar os próximos dados americanos em busca de sinais de fraqueza econômica. “O cenário de conto de fadas de uma economia forte, inflação baixa e cortes nos juros parece agora um passo longe demais”, afirma.
O TD Securities, porém, continua vendo indícios altistas para o ouro. Segundo a análise, os compradores seguem subposicionados, esperando o início de um afrouxamento monetário pelo Fed para elevar os preços a níveis mais altos. Enquanto isso, a atividade de compra física, particularmente na China, continua elevada, e o banco canadense afirma que a alta é apoiada para além do aumento sazonal associado ao Ano Novo Chinês.