O ouro fechou com ganhos nesta sexta-feira, 3, em dia de busca por segurança nos mercados internacionais em geral. Dados negativos dos dois lados do Atlântico apoiaram a demanda pelo metal.

O metal para junho fechou em alta de 0,49%, em US$ 1.645,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, o metal teve alta de 1,27%.

A economia dos Estados Unidos cortou 701 mil postos de trabalho em março e a taxa de desemprego avançou a 4,4%, números bem piores que o projetados pelos analistas, embora o salário médio por hora tenha avançado 0,39% em março ante fevereiro, acima da previsão de alta de 0,20% dos analistas.

Na Europa, vários dados negativos foram divulgados, como o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que atingiu mínima histórica em março. Em meio a esses sinais negativos da economia global em meio à pandemia de coronavírus, o apetite pelo ouro foi apoiado.

O Commerzbank afirma em relatório que o metal tem sido apoiado por dados “desastrosos” do mercado de trabalho americano, como o de pedidos de auxílio-desemprego da quinta-feira, que sugere um “quadro catastrófico da situação econômica dos EUA”.

O banco alemão comentou ainda que o payroll de hoje não refletiria toda a fraqueza do mercado de trabalho agora, por não cobrir as duas últimas semanas. Com a disseminação dos casos de coronavírus nos EUA, o Commerzbank diz que o governo e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) devem adotar mais medidas, o que tende a sustentar a demanda pelo ouro.