O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, em uma sessão marcada pela forte desvalorização do dólar ante o iene, seguindo a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), o que torna o metal, cotado no ativo americano, mais atraente para os detentores das divisas que se valorizam. Observando as perspectivas para 2023, a postura dos bancos centrais, que inclusive vem sendo compradores importantes do ouro, são destaque.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em alta de 1,54%, a US$ 1.825,40 por onça-troy.

A CMC Markets lembra que o ouro em 2022 chegou a cair 22% em seu pico, mas que o futuro ainda incerto para ações de tecnologia, com flutuações de mercado e riscos geopolíticos agudos criaram um propicio terreno para metais preciosos.

A análise lembra que os bancos centrais nos mercados emergentes continuam a comprar ouro para diversificar ainda mais do dólar. Desta vez, porém, são também os bancos centrais dos países do G7 que estão entre os compradores, e ao mesmo tempo, a dívida global voltou a subir e o déficit comercial dos EUA também pode atingir um novo recorde no próximo ano, aponta o CMC Markets.

Para o Commerzbank, o potencial para ganhos adicionais será limitado se os investidores financeiros especulativos repensarem sua atitude recentemente otimista em relação aos metais preciosos, dada a perspectiva de aumentos mais pronunciados das taxas de juros no próximo ano.

“De fato, se as posições longas anteriores fossem liquidadas ou novas posições curtas fossem construídas, os preços poderiam até enfrentar um considerável potencial de revés”, avalia o banco.