O ouro fechou em alta nesta sexta, 7, enquanto os investidores acompanham novas medidas da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como as tensões geopolíticas globais e mais compras do metal dourado pela China.

O ouro para abril avançou 0,38%, a US$ 2.887,60 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o ouro ganhou 2,6%.

Nesta sexta-feira, o republicano uma ordem executiva que altera as tarifas sobre importações de minimis da China, mirando opioides sintéticos da potência asiática, o que aumenta a tensão entre os países. Trump confirmou também que deve anunciar tarifas recíprocas na semana que vem.

Segundo o Commerzbank, a demanda por refúgio seguro em tempos “politicamente turbulentos” impulsiona o rali do ouro. “Isso reflete particularmente as incertezas em torno das políticas do presidente Trump”, escreve o banco alemão ao projetar uma provável correção nas próximas semanas. Para o Commerzbank, os preços do ouro devem ser negociados a US$ 2.700 por onça-troy até o meio do ano e US$ 2.650 por onça-troy até o final de 2025.

Durante a manhã, investidores acompanharam a divulgação do relatório de criação de empregos americano, o payroll, que veio aquém das expectativas. Segundo o TD Securities, além das ações da Casa Branca, o mercado de trabalho mais deteriorado por conta das políticas de imigração deve fornecer apoio ao metal precioso.

Ainda, de acordo com o Bannockburn Global Forex, os números das reservas da China mostram que o Banco do Povo da China (PBoC) comprou ouro pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, após uma pausa de seis meses, o que mantém a commodity em alta. A Administração Reguladora Financeira Nacional chinesa (NFRA) também anunciou hoje que realizará um programa piloto para reformar fundos de seguradoras que possuem investimentos em ouro.

*Com informações da Dow Jones Newswires