O ouro encerrou a sessão desta sexta-feira (24) em leve queda, mas sem se distanciar do fechamento da véspera, em meio às expectativas sobre um encontro que possa trazer um degelo nas relações tensas entre os EUA e a China. Investidores também acompanharam a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos. Com as baixas dos últimos dias, o metal registrou queda no acumulado semanal, encerrando um rali de alta de nove semanas.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em queda de 0,18%, a US$ 4.137,8 por onça-troy, com perda semanal de 1,79%

O ouro chegou a registrar queda de quase 2% no início da manhã, possivelmente pressionado pela confirmação do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. Para analistas do MUFG, o encontro “pode reduzir a demanda por ativos de segurança”. O metal recuperou as perdas, porém, conforme o mercado repercutiu novas declarações de Trump e do conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, sobre as tensões comerciais com a China e o Canadá.

Para o Swissquote, a consolidação do preço acima da faixa de US$ 4.100 mostra que a pressão vendedora do início da semana diminuiu, juntamente com a volatilidade. Já o Saxo Bank aponta que o ouro parece estar se consolidando e não em um colapso: “a narrativa do ouro como proteção contra desvalorização e incerteza permanece intacta, mas o mercado precisava de um período de resfriamento para evitar excessos especulativos”.

Investidores também acompanharam a publicação de números do índice de preço ao consumidor americano, que ficaram abaixo do precificado pelo mercado. Os dados reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) corte os juros novamente neste mês de outubro.

A prata também encerrou em baixa de 0,24%, US$ 48,586 por onça-troy, com perdas semanais de 3,02%

*Com informações de Dow Jones Newswires.