O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta segunda-feira, 26, prosseguindo um movimento de contínua desvalorização do metal. A commodity é pressionada pela valorização do dólar, moeda na qual é cotada, além do avanço nos rendimentos dos Treasuries, que competem com o ouro. O cenário é impulsionado pelo aperto da política monetária dos bancos centrais, especialmente o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), que vem sinalizando a continuidade da sua alta nos juros.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 1,34%, a US$ 1.633,40.

Na visão da Edward Moya, analista da Oanda, a movimentação de alta do dólar não acabou e isso deve manter a pressão sobre o ouro. O metal “está lutando neste ambiente, pois muitos investidores estão ficando muito tentados a títulos do Tesouro de 2 anos”, avalia.

O dólar já subiu 18% ante o ouro este ano e “esse rali não terminará até que o pico dos rendimentos esteja em vigor”, projeta Moya.

Avaliando o contexto, o TD Securities projeta ainda mais elevações nos juros pelo Fed, “dado que o impulso nas tendências de inflação subjacentes é persistentemente inconsistente com a meta”.

A expectativa passou de uma taxa terminal do ciclo de 4,25-4,50% para 4,75-5,00%, com não apenas um aumento de 75 pontos base em novembro e 50 pontos em dezembro, mas também de 25 pontos de aumento em fevereiro e março.