O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda pelo segundo pregão seguido, pressionado pela força do dólar ante rivais após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de dezembro vir acima da projeção de analistas.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em queda de 0,42%, a US$ 2.019,2 por onça-troy.

Após divulgação do CPI, acima da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), tanto na variação mensal quanto na anual do índice cheio, a ferramenta do CME marcou redução na chance de o Federal Reserve (Fed) iniciar o corte de juros americanos em março.

Entretanto, o TD Securities destaca que o metal não reagiu de forma agressiva ao CPI e ao número de pedidos de auxílio-desemprego também acima do esperado, visto que traders estão mantendo uma posição substancialmente menor em ouro em comparação a outros ciclos de corte de juros. Ainda, o banco canadense destaca que, com a commodity chegando abaixo da marca de US$ 2.030 por onça-troy, é possível que haja um movimento catalisador na atividade de compra do metal – e não de venda.

Já o analista Craig Erlam, da Oanda, chama atenção para a instabilidade do metal e, se for ignorado o breve aumento recorde no início de dezembro, o metal vem sendo negociado basicamente em torno de US$ 2.030 por onça-troy nos últimos meses.