O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 18, pressionado pela perspectiva de continuidade do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que favorece o dólar e os rendimentos dos Treasuries e, consequentemente, prejudica o metal.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro perdeu 0,49%, a US$ 1.655,8 por onça-troy.

De acordo com o TD Securities, a persistência crescente da inflação é um constrangimento para o BC americano, o que sugere que um regime restritivo de taxas pode persistir por mais tempo do que os precedentes históricos. “Nesse contexto, é improvável que os preços do ouro subam com uma perspectiva de crescimento deteriorada até que o Fed avance na guerra contra a inflação”, analisa.

O Commerzbank faz análise semelhante: “a relativa fraqueza do ouro é atribuída às expectativas ainda altas e praticamente inalteradas de aumento das taxas, que foram alimentadas por comentários persistentemente agressivos por representantes do Fed e do Banco Central Europeu (BCE)”.

A Rio Tinto alertou ainda para mais riscos à demanda de commodities diante da desaceleração da economia global, no relatório de produção do terceiro trimestre. Entre os desafios, estão as dificuldades da economia chinesa.