O ouro interrompeu o movimento de alta e fechou a sessão desta quarta-feira, 19, em queda, em uma correção dos ganhos recentes e diante do dólar forte ante outras moedas, que pressionou os ganhos do metal dourado. No entanto, o ativo de segurança manteve-se perto do recorde histórico, diante das persistentes incertezas geopolíticas e econômicas.

Nesta quarta, ouro para abril fechou com queda de 0,44% nesta quarta-feira, a US$ 2.936,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em análise, a Sprott avalia que uma resolução da guerra entre Rússia e Ucrânia, com intermediação americana, pode moderar o desempenho do ouro no curto prazo, mas, para o longo prazo, espera-se que o metal continue forte e atinja novas máximas. “A amplitude e a incerteza das tarifas dos EUA aumentaram a volatilidade geral do mercado”, acrescenta.

Ainda, de acordo com a Capital Economics, as conversas entre os Estados Unidos e a Rússia mostram que o conflito na Europa Oriental não deve ser encerrado no curto prazo, o que fornece ainda mais suporte para o ouro. “Esperamos que as negociações sejam longas e complexas e que as características exatas de qualquer acordo sejam cruciais para determinar as implicações macroeconómicas”, cita.

Para o Barclays, o metal precioso ainda tem mais espaço para avançar, considerando “vários ventos favoráveis” que persistem, especialmente a alta demanda por refúgio de segurança. No longo prazo, o banco britânico acredita que o ouro pode se beneficiar de uma desdolarização.

*Com informações da Dow Jones Newswires