O ouro encerrou a sessão de desta terça-feira, 31, em queda no mercado futuro, no menor valor em uma semana, mas terminou o mês em alta, em meio aos desdobramentos da pandemia de coronavírus na economia global.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para junho fechou em queda de 2,83%, a US$ 1.596,6, nível mais baixo desde 23 de março, mas avançou 1,90% em no mês.

O metal precioso iniciou o mês em forte pressão, por conta da volatilidade nos índices acionários na esteira do coronavírus. O quadro forçou investidores a desmontarem posições e vendar a commodity para compensar perdas em outros mercados.

No entanto, a medida que governos e bancos centrais anunciavam ações para conter os efeitos econômicos da pandemia, o ouro reconquistou o caráter de ativo de segurança, conforme destaca o Commerzbank. “O festival de impressão de dinheiro por bancos centrais e um massivo aumento das dívidas nacionais apontam para contínua demanda por ouro como porto seguro”, avalia o banco.

Hoje, a divulgação do índice de gerentes de compras(PMI, na sigla em inglês)industrial da China, que saiu de 35,7 a 52 na passagem de fevereiro para março, sustentou alta no mercado de commodities. O cenário de menor aversão a ativos de risco ajudou a derrubar a cotação do ouro.