O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 27, renovando sua máxima histórica, impulsionado pela queda do dólar e dos juros dos Treasuries, movimentos que dão forças ao metal. As perspectivas para uma política monetária do Federal Reserve (Fed) em 2024 vem pressionando os dois ativos americanos. Além disso, as tensões no Oriente Médio seguem no radar, com a continuidade do conflito entre Israel e Hamas apresentando riscos de escalada, cenário no qual o ouro aparece como um refúgio de segurança.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em alta de 1,12%, a US$ 2.093,10 por onça-troy.

Um dólar mais fraco está ajudando a impulsionar o ouro, afirma Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities. “Os preços do ouro estão subindo, à medida que o dólar e os rendimentos em queda abrem caminho para que o ouro feche o ano perto do seu máximo de 52 semanas”, diz Cardillo. Hoje, o juro da T-note de dois anos dos Treasuries tocou sua mínima desde maio.

“Além dos motivos acima, há outro fator que faz o mercado disparar, que é a expansão da guerra entre Israel e Hamas”, aponta. Cardillo acrescenta que se espera que esses fatores continuem empurrando os preços para cima no início do novo ano.